O número de empresas em Recuperação Judicial (RJ) no Brasil aumentou 6,9% no primeiro trimestre de 2025, segundo levantamento da consultoria RGF & Associados, divulgado nesta quinta-feira (08/05/2025). O total de companhias que utilizam a medida subiu de 4.568 em dezembro de 2024 para 4.881 em março de 2025, com base na análise de 2,1 milhão de empresas com CNPJ ativo.
Entre janeiro e março, 203 empresas deixaram o regime de recuperação judicial. Dessas, 80% retomaram suas atividades regulares, 18% faliram e 2% foram classificadas como encerradas, inaptas ou suspensas por pendências cadastrais.
Segundo o levantamento, os principais fatores que levaram ao crescimento dos pedidos de RJ foram as taxas de juros elevadas e falhas de gestão, com destaque para companhias do setor agroindustrial.
De acordo com Rodrigo Gallegos, administrador de empresas e sócio-consultor da RGF, o mercado de investimentos em companhias em RJ também apresentou crescimento, influenciado pelo modelo DIP (Debtor-in-Possession). Esse mecanismo permite que empresas em reestruturação recebam aportes sob regras específicas de prioridade no pagamento. Para Gallegos, a expectativa é de que o número de reestruturações continue em alta em 2025, como reflexo da desaceleração econômica e das dificuldades enfrentadas por setores de capital intensivo.
O levantamento também detalha a distribuição por setor econômico. A indústria lidera os pedidos de recuperação judicial, com 1.112 empresas em reestruturação — maior patamar já registrado na série histórica iniciada em junho de 2023. A maioria dessas empresas pertence ao agronegócio, como usinas sucroalcooleiras, frigoríficos e laticínios.
Na sequência, os setores com mais empresas em RJ são:
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Serviços (1.105 empresas),
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Comércio (996),
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Infraestrutura, energia e saneamento (992),
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Agropecuária (341),
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Outros setores (335).
O estudo da RGF não considera microempresas (MEs) por baixa representatividade no universo de companhias em RJ, além de excluir filiais, ONGs e entidades públicas, focando na análise de empresas como unidades jurídicas principais.
*Com informações da Agência Brasil.
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