O ex-presidente Michel Temer (MDB) iniciou articulações com governadores de direita e centro-direita com o objetivo de construir uma candidatura presidencial para as eleições de 2026. As conversas incluem nomes como Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Junior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). A movimentação, no entanto, foi alvo de críticas do clã Bolsonaro, que vê a articulação como tentativa de esvaziar a liderança política de Jair Bolsonaro dentro da direita.
Em entrevista publicada na terça-feira (13/05/2025) pelo jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o movimento liderado por Temer e relembrou a indicação do ministro Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um exemplo de decisões equivocadas do ex-presidente. Segundo o senador, o “precedente de escolhas” de Temer “é muito ruim”.
As críticas refletem a tensão interna no campo conservador, elonde setores bolsonaristas demonstram resistência a qualquer tentativa de reorganização política fora da órbita do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, Michel Temer evitou o confronto direto, destacando, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que Bolsonaro mantém prestígio eleitoral e que qualquer movimento oposicionista dentro da própria direita teria dificuldades para prosperar.
Ao usar o exemplo de Tarcísio de Freitas, Temer afirmou que o governador paulista adota uma postura independente, mas sem se colocar como adversário de Bolsonaro.
“Ele é bolsonarista, não é desleal ao Bolsonaro, mas firmou uma identidade própria, sem se opor ao Bolsonaro”, declarou.
O ex-presidente também comentou a possibilidade de uma candidatura conjunta envolvendo os governadores, desde que haja viabilidade legal da participação de Bolsonaro nas eleições. Temer indicou que, caso o ex-presidente esteja impedido de disputar, o grupo poderá apresentar uma alternativa programática que dialogue com os eleitores da direita.
“Se Bolsonaro conseguir ser candidato, o que não parece fácil por enquanto, de repente esses governadores ligados a ele direta ou indiretamente podem apresentar um programa a ele”, concluiu.
O grupo político em construção ainda não apresentou um nome ou plano unificado, mas o objetivo seria formar uma frente coesa no campo conservador, capaz de disputar o eleitorado bolsonarista sem romper completamente com o ex-presidente.
*Com informações da Sputnik News.
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