O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia (UE) estariam implementando programas com o objetivo de preparar o Ocidente para um conflito militar direto com a Rússia. A declaração foi publicada em artigo assinado por Shoigu no jornal estatal Rossiyskaya Gazeta, na segunda-feira (05/05/2025).
No texto, intitulado “Sobre a importância das lições da Grande Guerra Patriótica para garantir a segurança nacional em condições geopolíticas modernas”, Shoigu argumenta que a OTAN e a UE estariam realizando ações que caracterizam uma escalada militar planejada contra a Rússia. Segundo ele, as medidas são impulsionadas por governos de países como Reino Unido e França, que estariam promovendo, com apoio de suas elites políticas, posições favoráveis a uma derrota estratégica da Rússia.
De acordo com o secretário, as ações do Ocidente incluem expansão territorial da OTAN para o leste, em direção às fronteiras russas, e campanhas que ele qualifica como propaganda antirrussa, associando-as a práticas históricas de desinformação utilizadas durante regimes autoritários do século XX.
“Essas medidas agressivas, bem como o avanço contínuo da OTAN para o leste, em direção às fronteiras da Rússia, são justificadas por invenções russofóbicas nas melhores tradições da propaganda de Goebbels”, escreveu Shoigu, referindo-se ao ministro da propaganda da Alemanha nazista.
Shoigu também mencionou a questão da Ucrânia. Segundo ele, a possibilidade de adesão da Ucrânia à OTAN foi considerada secundária durante a administração de Donald Trump nos Estados Unidos, mas continua a ser promovida por setores que ele descreve como pertencentes a uma agenda ocidental liberal-globalista.
“A ideia de a Ucrânia ingressar na OTAN foi relegada a segundo plano desde que Donald Trump assumiu o poder nos Estados Unidos, mas não foi rejeitada pelas elites globalistas de esquerda liberal do Ocidente. Ela reflete o sonho das forças que lutaram ao lado da Alemanha nazista de uma nova vingança em um futuro próximo”, escreveu o secretário.
Shoigu sustenta que a posição do governo Trump teria refletido a perspectiva do Kremlin sobre a Ucrânia, distanciando-se das políticas anteriores de ampliação da aliança militar atlântica.
*Com informações da Sputnik News.
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