A Arquidiocese de Feira de Santana completa em 2025 seis décadas desde a criação do Bispado, que ocorreu em 26 de janeiro de 1963, fruto da decisão do Papa João XXIII, que oficializou a Diocese em 21 de julho de 1962. Desde sua origem, a instituição tem papel central na organização da Igreja Católica na região, com sede na Catedral Metropolitana de Santana.
A história religiosa de Feira de Santana começou no século XVIII, com a construção de uma capela dedicada à Senhora Santana, nas terras da Fazenda Olhos D’Água, pelos fundadores Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa. Ao longo dos anos, a pequena capela deu lugar à atual Catedral, que é hoje a sede da Arquidiocese Metropolitana.
O primeiro bispo da Diocese foi Dom Jackson Berenguer Prado, que assumiu o cargo em 1963. Natural de Tucano, na região sisaleira da Bahia, Dom Jackson promoveu ações como a implantação do Centro de Treinamento de Líderes, anteriormente chamado de Seminário Menor da Diocese, a construção do Artesanato Diocesano e o fortalecimento das atividades educacionais e sociais da Igreja.
“Essas obras foram fundamentais para a formação religiosa e social da comunidade”, destacou Dom Jackson em registros da época.
Em 1971, após oito anos de atuação, Dom Jackson foi transferido para a Diocese de Paulo Afonso, deixando Feira de Santana. Ele faleceu em Salvador, no dia 2 de agosto de 2005.
Em seu lugar, assumiu, em 20 de maio de 1973, Dom Frei Silvério Jarbas Paulo de Albuquerque, membro da Ordem dos Frades Capuchinhos, que antes ocupava o cargo de Guardião do Convento de São Francisco em Salvador. Dom Silvério permaneceu à frente da Diocese por 22 anos, até ter sua renúncia aceita pela Santa Sé. Posteriormente, passou a atuar como capelão do Asilo Nossa Senhora de Lourdes, mantendo vínculo com a comunidade local.
Nascido em Olindina, Pernambuco, em 11 de março de 1917, Dom Silvério teve formação religiosa no Colégio Marista, em Recife, com complementação na Alemanha, em 1933. Foi ordenado sacerdote em 30 de maio de 1942. Antes de chegar a Feira de Santana, liderou paróquias em Campina Grande (Paraíba) e Salvador, além de ter sido bispo de Caetité, na Bahia, até sua transferência em 1973.
Dom Silvério faleceu em Feira de Santana, no dia 28 de maio de 2013, deixando um legado de atuação pastoral e social na região.
O terceiro líder da Diocese foi Dom Itamar Vian, natural de Roca Sales, Rio Grande do Sul, nascido em agosto de 1940. Membro da Ordem dos Frades Capuchinhos, foi ordenado sacerdote em 1º de dezembro de 1968, após estudos no seminário do Rio Grande do Sul. Recusou inicialmente o convite para o bispado em 1980, mas aceitou em 1984, assumindo a Diocese de Barra, na Bahia.
Em maio de 1995, foi transferido para Feira de Santana, onde desenvolveu um trabalho focado na criação de novas paróquias, na ampliação da comunicação com a comunidade e na produção de livros e crônicas com mensagens ligadas à cidadania, família e espiritualidade.
“Nossa missão sempre foi servir à vida, à família e à palavra de Deus”, declarou Dom Itamar em uma de suas publicações.
Com a elevação da Diocese à condição de Arquidiocese Metropolitana, Dom Itamar se tornou o primeiro arcebispo de Feira de Santana. Recebeu o título de Cidadão Feirense da Câmara Municipal, e hoje é arcebispo emérito da Arquidiocese de Senhora Santana.
O atual arcebispo é Dom Zanoni Demettino de Castro, que lidera a Arquidiocese dando continuidade às ações pastorais, sociais e de evangelização na cidade e na região metropolitana.
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