O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição considera diversos caminhos possíveis para atingir a meta de inflação de 3% ao ano, reforçando o compromisso da autoridade monetária com o controle inflacionário. A declaração foi dada nesta quinta-feira (26/06/2025), durante apresentação do Relatório de Política Monetária (RPM).
Segundo Galípolo, as decisões do BC são baseadas em cenários técnicos com múltiplas variáveis, incluindo a curva de juros, as projeções do Boletim Focus e os efeitos residuais de medidas anteriores de política monetária. Ele reiterou que os modelos de projeção adotados não devem ser interpretados como planos fixos, mas sim como instrumentos de análise dinâmica.
Ajustes na política monetária — como os realizados recentemente com a taxa básica de juros (Selic) — são, segundo Galípolo, instrumentos para garantir a convergência da inflação ao centro da meta. A Selic é o principal mecanismo utilizado pelo BC para regular a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Questionado sobre a derrubada do decreto presidencial que previa aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente do BC afirmou que medidas como o congelamento de gastos podem contribuir para manter a taxa de juros neutra em níveis adequados, sem pressionar a política monetária.
Relatório de Política Monetária (RPM)
O Relatório de Política Monetária, divulgado na manhã da mesma quinta-feira (26/06/2025), contém as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e oferece uma avaliação sobre a evolução da economia e suas projeções.
Entre os destaques do documento estão:
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Revisão da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para alta de 2,1% em 2025, ante previsão anterior de 1,9%.
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Redução da estimativa de inflação, de 5,1% para 4,9% neste ano.
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Indicação de uma desaceleração da atividade econômica ao longo do segundo semestre.
O relatório reforça que o cenário econômico exige monitoramento constante dos indicadores fiscais, cambiais e de crédito, além da evolução dos preços administrados e dos impactos externos sobre a economia brasileira.
*Com informações a Agência Brasil.
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