Conflito entre Israel e Irã é tema de debate entre deputados no Plenário da Câmara

Parlamentares divergiram sobre ação militar israelense em instalações iranianas e suas consequências geopolíticas.
Parlamentares divergiram sobre ação militar israelense em instalações iranianas e suas consequências geopolíticas.

Na sexta-feira (13/06/2025), o ataque de Israel contra infraestruturas nucleares do Irã, que resultou na morte de integrantes da cúpula militar iraniana, gerou reações divergentes entre deputados federais durante sessão no Plenário da Câmara dos Deputados. O tema provocou manifestações tanto de apoio quanto de crítica à ação israelense, evidenciando o impacto do conflito no debate político nacional.

Deputados da oposição defenderam a ofensiva de Israel, classificando a ação como uma medida de autodefesa. O deputado Alberto Fraga (PL-DF) afirmou que Israel luta por sua sobrevivência e criticou o regime iraniano.

Esta guerra deve servir como impulso para que o povo iraniano reaja contra um governo ditatorial”, declarou. Fraga também alertou sobre o risco de o Irã desenvolver armamento nuclear, o que, segundo ele, ameaça a existência do Estado israelense.

O deputado Eli Borges (PL-TO) destacou que o Irã atua por meio de aliados indiretos, como o Hamas, responsável pelo ataque a Israel em outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1,2 mil pessoas. O episódio levou à deflagração da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, ainda em curso.

Por outro lado, deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram a postura do governo israelense. O deputado João Daniel (PT-SE) acusou Israel de construir justificativas falsas para manter o apoio financeiro dos Estados Unidos, com o objetivo de sustentar ações militares. Segundo ele, o governo israelense carece de respaldo interno.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) denunciou o impacto humanitário do conflito em Gaza. “Há um apelo internacional para que se preserve a vida de mulheres e crianças, mas isso tem sido ignorado”, afirmou. De acordo com autoridades de saúde locais, mais de 55 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, representando cerca de 2,5% da população local.

O confronto entre Israel e Irã também se estendeu a países como Líbano e Iêmen, onde atuam os grupos armados Hezbollah e Houthis, respectivamente. Esses grupos são apontados como aliados do Irã, que, segundo parlamentares da oposição, financia operações indiretas contra Israel.

Questões sobre armamento nuclear

O debate no Plenário também incluiu menções ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) declarou que o ataque de Israel foi justificado, sob o argumento de que o Irã teria descumprido o tratado. O país asiático é signatário do TNP desde 1970, o que permite o uso pacífico da energia nuclear, desde que haja transparência e supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

Israel, por sua vez, não assinou o TNP e é considerado uma potência nuclear não declarada. O país mantém uma política de ambiguidade estratégica, sem confirmar ou negar a posse de armas nucleares, o que contribui para o acirramento das tensões na região.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias.


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