O crescimento da inteligência artificial (IA) está associado a um aumento significativo no consumo global de eletricidade e nas emissões de carbono no setor de tecnologia, conforme aponta novo relatório divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
De acordo com o documento, o consumo energético dos centros de dados utilizados por sistemas de IA teve um acréscimo médio de 12% ao ano entre 2017 e 2023, o que representa um crescimento quatro vezes superior à média global de oferta de eletricidade no mesmo período.
O estudo monitora indicadores ambientais de 200 empresas digitais, incluindo o uso de energia, a emissão de gases de efeito estufa e os compromissos climáticos firmados por essas organizações. Os dados apontam que 164 empresas relataram um consumo de eletricidade equivalente a 2,1% da demanda mundial, sendo que apenas 10 companhias foram responsáveis por metade desse total.
Entre as líderes no desenvolvimento de IA, Amazon, Microsoft, Google e Meta apresentaram um aumento conjunto de 150% nas emissões de carbono em relação ao ano de 2020.
“Esses dados reforçam a necessidade urgente de gerenciar o impacto ambiental da inteligência artificial e da infraestrutura digital que a sustenta”, destaca o relatório da UIT.
Em relação às emissões de gases de efeito estufa, 166 empresas apresentaram números que somam 0,8% das emissões globais relacionadas à energia. Os data centers, onde servidores de alto desempenho processam grandes volumes de dados, continuam sendo os principais responsáveis pela demanda energética.
A UIT enfatiza que as empresas digitais têm ferramentas tecnológicas e capacidade de influência para liderar ações sustentáveis e reduzir os impactos ambientais do setor. O relatório também avaliou os compromissos climáticos assumidos pelas organizações.
Oito empresas atingiram pontuação superior a 90% em critérios como divulgação de dados ambientais, definição de metas e desempenho real, número que representa um aumento modesto em relação ao relatório anterior, que havia identificado apenas três com esse nível de comprometimento.
Pela primeira vez, o estudo incorpora dados sobre o progresso efetivo rumo às metas climáticas. Quase metade das empresas monitoradas firmou compromissos com emissões líquidas zero. Dentre elas, 41 definiram o ano de 2050 como meta final, enquanto 51 preveem alcançar esse objetivo antes desse prazo.
*Com informações da ONU News.
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