O Governo Lula apresentou, na última sexta-feira (13/06/2025), um novo projeto de hidrovia no Rio São Francisco, com o objetivo de conectar Pirapora (MG), no Sudeste, a Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), no Nordeste, utilizando 1.371 km de extensão navegável. A iniciativa prevê o escoamento anual de até cinco milhões de toneladas de cargas, com foco em insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal.
Estrutura do projeto e fases de implementação
O projeto será executado em três etapas. A primeira fase contemplará um trecho de 604 km, partindo de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), passando por Sobradinho (BA) e chegando a Ibotirama (BA). Neste percurso, a integração com rodovias permitirá o escoamento até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos os Santos (BA).
A segunda etapa compreende o trecho entre Ibotirama e Bom Jesus da Lapa e Cariacá (BA), totalizando 172 km navegáveis. Haverá conexão com a malha ferroviária, permitindo acesso aos Portos de Ilhéus (BA) e Aratu-Candeias (BA).
A terceira e última etapa expandirá a hidrovia em 670 km, ligando Bom Jesus da Lapa e Cariacá a Pirapora (MG), completando a ligação entre o Sudeste e o Nordeste via transporte fluvial.
População e abrangência regional
O Rio São Francisco atravessa seis unidades da federação — Distrito Federal, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco — e passa por 505 municípios. Mais de 11,4 milhões de pessoas vivem nas regiões próximas ao rio, que é considerado uma importante via natural de integração econômica e social.
Planejamento e execução
O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, afirmou que a nova hidrovia representa uma estratégia logística para o desenvolvimento regional. Segundo ele, o governo federal irá delegar as obras à Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) ainda em junho, e os estudos técnicos já estão em fase de preparação.
Em paralelo, o governo planeja ampliar a navegabilidade em diversas hidrovias brasileiras. Entre as ações previstas estão dragagens no Tapajós e no próprio São Francisco, além de intervenções de manutenção nas hidrovias do Madeira, Parnaíba e Paraguai (tramo Sul).
No Rio Grande do Norte, está prevista a proteção dos dolfins da Ponte Newton Navarro, estrutura utilizada para segurança de embarcações, como parte dos investimentos em infraestrutura fluvial.
Potencial das hidrovias no Brasil
O Ministério de Portos e Aeroportos informa que o Brasil possui atualmente 12 mil km de hidrovias navegáveis, mas o potencial total é de até 42 mil km, o que representa uma oportunidade para ampliar a eficiência do transporte de cargas com menor custo logístico e menor impacto ambiental.
*Com informações da Agência Brasil.
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