Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Cidades Sustentáveis, divulgada na segunda-feira (02/06/2025), mostra que a percepção dos brasileiros sobre as mudanças climáticas está diretamente relacionada aos impactos mais visíveis no cotidiano. Foram entrevistadas 3.500 pessoas, distribuídas em dez capitais do país.
O levantamento aponta que calor excessivo (49%), poluição do ar (17%), alta no preço dos alimentos (11%) e enchentes (10%) são os principais impactos associados às mudanças no clima. Outros problemas, como seca, falta de água, deslizamentos e aumento do nível do mar, somaram 8%.
Em Porto Alegre, diferente das outras capitais, 36% dos entrevistados destacaram as enchentes como principal impacto. Nas demais cidades, o calor foi citado como o problema mais perceptível.
Principais problemas ambientais identificados por cidade
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São Paulo: 71% apontam a poluição do ar como o problema mais grave.
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Porto Alegre: 60% destacam enchentes como maior preocupação.
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Belo Horizonte: 45% também indicam enchentes como principal problema.
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Salvador: 44% mencionam poluição sonora.
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Rio de Janeiro: 41% citam poluição do ar e 30% abastecimento de água.
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Manaus: 54% relatam poluição do ar, 34% queimadas e 26% desmatamento.
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Belém: 40% apontam falta de coleta de esgoto e 28% coleta de lixo.
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Recife: 43% se preocupam com poluição das águas e 29% com esgoto sem tratamento.
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Goiânia: 39% consideram falta de coleta seletiva como problema, seguido por 31% poluição sonora e 28% queimadas.
Na média nacional, 52% apontaram poluição do ar, 34% poluição sonora e 32% enchentes e alagamentos como os principais problemas ambientais locais.
Expectativa sobre a atuação dos governos locais
A pesquisa também avaliou a percepção dos entrevistados sobre a responsabilidade dos governos municipais no enfrentamento às mudanças climáticas. Em todas as capitais, a maioria acredita que as prefeituras podem adotar medidas efetivas, embora 13% dos moradores de Porto Alegre afirmem que o governo local não pode fazer nada.
Entre as ações mais citadas estão:
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Controle do desmatamento e da ocupação de áreas de mananciais.
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Redução do uso de combustíveis fósseis no transporte público.
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Ampliação de áreas de preservação ambiental.
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Destinação adequada de resíduos sólidos, como reciclagem e compostagem.
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Fomento à construção com critérios sustentáveis.
Perfil dos participantes da pesquisa
O estudo tem limitações relacionadas ao perfil dos respondentes. A maioria pertence às classes C (55%) e A/B (30%), enquanto apenas 15% são das classes D/E. Além disso, 62% estão na faixa etária entre 16 e 44 anos, com predomínio de adolescentes e adultos jovens, e não inclui crianças.
*Com informações da Agência Brasil.
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