O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (09/06/2025) os interrogatórios dos réus integrantes do Núcleo 1 da Ação Penal (AP) 2668, que apura a tentativa de golpe de Estado ocorrida entre os anos de 2022 e 2023. A sessão teve início às 14h30 e foi concluída por volta das 20h, com depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid e do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
O Núcleo 1, considerado o núcleo crucial do caso, é composto por oito réus, entre os quais Mauro Cid, Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto. Este grupo é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o responsável pela articulação central na tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O interrogatório foi conduzido pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, com a participação do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que representa a acusação. Após as perguntas formuladas pelo relator e pelo procurador, os advogados dos réus também tiveram oportunidade para questionamentos.
Mauro Cid foi o primeiro a depor, devido ao acordo de colaboração premiada firmado no processo. Em seguida, prestou depoimento Alexandre Ramagem, cuja investigação sobre fatos posteriores à sua posse como deputado federal, em janeiro de 2023, encontra-se suspensa até o término do mandato.
Os interrogatórios continuarão nesta terça-feira (10/06/2025), a partir das 9h, na sala de sessões da Primeira Turma do STF. O próximo réu a ser ouvido será o almirante Almir Garnier, comandante da Marinha durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os demais depoimentos seguirão a ordem alfabética dos integrantes do Núcleo 1.
Além do Núcleo 1, a PGR identificou outros 26 réus, organizados em três grupos distintos conforme suas funções dentro do esquema investigado. As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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