Comissão da Câmara dos Deputados aprova isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais a partir de 2026

Proposta segue para votação no Plenário da Câmara com ajustes na faixa de redução parcial do imposto.
Proposta segue para votação no Plenário da Câmara com ajustes na faixa de redução parcial do imposto.

A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16/07/2025) o projeto de lei do governo (PL 1087/25) que isenta do Imposto de Renda (IR) os contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil a partir de 2026. O relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) elevou a faixa de redução parcial do imposto de R$ 7 mil para R$ 7.350 mensais. A proposta segue agora para votação no Plenário da Câmara.

Principais pontos da proposta

O texto aprovado prevê que a isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil será compensada pela taxação mínima de 10% sobre os contribuintes de alta renda, incluindo os ganhos com lucros e dividendos. O relator Arthur Lira estabeleceu prazo até o final de 2025 para manter a isenção atual sobre lucros e dividendos, condicionando a distribuição correta desses valores para evitar a dupla tributação.

A taxação dos contribuintes de alta renda é estimada para compensar os custos da renúncia fiscal, que somam quase R$ 26 bilhões. O relatório também reintroduziu um mecanismo de compensação para evitar a cumulatividade do imposto, com base em novos cálculos da Receita Federal que indicam impacto de R$ 6 bilhões.

Estrangeiros poderão renunciar ao crédito tributário para facilitar o pagamento complementar em seus países de origem. O excedente de arrecadação será destinado a compensar perdas de estados e municípios e a reduzir a nova Contribuição sobre Bens e Serviços prevista na reforma tributária.

Divergências e votos em separado

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) apresentou voto em separado favorável à redução do IR, mas contrário à taxação mínima dos contribuintes de alta renda. Ele argumentou que o aumento da carga tributária sobre grandes rendas poderá impactar os preços ao consumidor final, sugerindo cortes em fundos partidário e eleitoral, emendas parlamentares e gastos com supersalários para compensar a renúncia fiscal.

O deputado Claudio Cajado (PP-BA) anunciou intenção de apresentar emenda no Plenário para aumentar a contribuição social dos bancos como forma de ampliar a redução parcial do imposto para rendas de até R$ 7.590 mensais.

Para o deputado Merlong Solano (PT-PI), a aprovação da proposta beneficiará mais de 90% dos contribuintes brasileiros e promoverá efeitos positivos na economia das cidades, liberando recursos para as famílias atenderem suas necessidades básicas.

O PL e o Novo tentaram retirar do texto a tributação mínima sobre as altas rendas, mas a comissão manteve o relatório do relator Arthur Lira. O presidente da comissão, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), ressaltou que as sugestões não acolhidas poderão ser debatidas no Plenário.

*Com informações da Agência de Câmara de Deputados.


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