Disseminação de vídeos com acusações ao Congresso gera debate sobre tributação e desigualdade social

Aliados do governo defenderam a revogação do aumento do IOF, citando impacto social e prioridades orçamentárias.
Aliados do governo defenderam a revogação do aumento do IOF, citando impacto social e prioridades orçamentárias.

Na sessão ordinária desta terça-feira (08/07/2025), o Plenário da Câmara dos Deputados discutiu a circulação de vídeos produzidos por inteligência artificial que acusam o Congresso Nacional de favorecer os ricos em detrimento dos pobres. A repercussão suscitou respostas críticas de deputados da oposição e justificativas de parlamentares aliados ao governo, centradas na revisão da política tributária nacional.

A lide da discussão foi a denúncia, apresentada principalmente por parlamentares oposicionistas, sobre a propagação de desinformação que, segundo eles, compromete a imagem da Câmara. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), vice-líder da oposição, qualificou a situação como uma “ação criminosa e covarde” que tem por objetivo atacar os deputados. Ele contestou informações falsas divulgadas, como a alegação de que parlamentares teriam gabinetes custando R$ 350 mil mensais.

Os deputados da oposição também criticaram a política tributária adotada pelo governo federal, especialmente no que se refere ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) afirmou que a narrativa governista que divide pobres e ricos é uma tentativa de manipular a opinião pública. Segundo ele, a promessa de beneficiar os pobres no Orçamento foi contrariada por uma elevação tributária que afetaria a população mais vulnerável.

Paralelamente, o deputado Sanderson (PL-RS) reforçou a tese de que o aumento do IOF recai principalmente sobre os mais pobres, enquanto o deputado Rodrigo Estacho (PSD-PR) destacou que o imposto incide sobre operações financeiras comuns entre pessoas de baixa renda, como financiamentos de veículos e empréstimos pessoais, refutando a ideia de que apenas os ricos seriam afetados.

Do lado dos parlamentares aliados, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) contextualizou a questão da desigualdade social, afirmando que a distinção entre ricos e pobres é uma realidade histórica e não produto de campanhas eleitorais ou midiáticas. Ele ressaltou que 1% da população concentra grande parte da riqueza, enquanto 99% corresponde à massa trabalhadora do País.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) criticou a decisão da Câmara de suspender o aumento do IOF, considerando que o Congresso estaria afastado das necessidades da população ao atender a pressões populares nas redes sociais. A deputada Carol Dartora (PT-PR) também condenou a revogação dos decretos que aumentavam o IOF, argumentando que essa medida compromete recursos previstos para áreas como saúde, educação e assistência social, estimados em R$ 30 bilhões.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias.


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