Documentário destaca diversidade do samba rural em Feira de Santana

“Batuques da Fêra” será lançado na terça-feira (05/08/2025), no Museu Casa do Sertão, na Uefs.
“Batuques da Fêra” será lançado na terça-feira (05/08/2025), no Museu Casa do Sertão, na Uefs.

O documentário “Batuques da Fêra”, dirigido por Uyatã Rayra e Pedro Patrocínio, será lançado na próxima terça-feira (05/08/2025), às 18h30, no Museu Casa do Sertão, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). A obra tem como foco a diversidade do samba rural no município e apresenta registros com mestres e grupos tradicionais da região.

Com 23 minutos de duração, o filme é conduzido por Bel da Bonita (in memorian), fundador do grupo Africania, que conduz as entrevistas e visitas a quatro mestres do samba local: Cláudio Costa (Angoleiros do Sertão), Chica do Pandeiro e Guda Quixabeira (ambos do Quixabeira da Matinha), e Luizinho dos 8 Baixos (Samba da Praça do Tropeiro).

Registro de manifestações culturais

As gravações abordam expressões sonoras distintas dentro do samba rural, como a presença da sanfona de oito baixos no Samba da Praça do Tropeiro, os instrumentos criados por Cláudio Costa, a exemplo do Tambor Grave e do Xerém, e os tradicionais Bois de Roça da Quixabeira da Matinha, interpretados como cantigas de trabalho.

A produção busca reconhecer e documentar a diversidade rítmica e as narrativas dos grupos, com ênfase na falta de visibilidade dessas manifestações em veículos de comunicação e políticas públicas. Os diretores explicam que o projeto tem como objetivo valorizar a cultura local e contribuir para o reconhecimento de Feira de Santana como território do samba rural.

Circulação e exibição

Segundo os realizadores, o documentário será inscrito em festivais de cinema e também fará parte de uma parceria com o Museu Casa do Sertão, com exibições direcionadas a estudantes da rede pública de ensino, como parte de uma iniciativa de educação patrimonial e valorização cultural.

A estreia incluirá um pocket show com os músicos Daniel da Quixabeira e Ramiro Barbosa, como forma de integrar apresentação audiovisual e performance ao vivo, reforçando os vínculos entre as linguagens artísticas.


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