Equipe brasileira conquista primeiro lugar em competição mundial de robótica na Suíça

Jovens do IFSP superam 20 equipes internacionais com projeto de robôs voltados ao resgate em desastres naturais.
Jovens do IFSP superam 20 equipes internacionais com projeto de robôs voltados ao resgate em desastres naturais.

A equipe brasileira Sancabots ao Resgate, formada por estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), conquistou o primeiro lugar na final mundial da competição juvenil “Robótica para o Bem”, realizada na cidade de Genebra, Suíça, durante o evento “Inteligência Artificial para o Bem”, promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Os estudantes Davi Roberto Beltrame, Laura Vaz Sverzut e João Vitor Piovezan representaram o Brasil na competição internacional, superando 20 equipes de diferentes países. O desafio proposto envolvia o desenvolvimento de robôs capazes de atuar em operações de resgate em cenários de desastres naturais, com foco em automação e soluções humanitárias.

A equipe é composta ainda por Maria Antônia Marquês e Estevão Matias da Silva, que não participaram da viagem, mas foram homenageados com os nomes dos robôs utilizados na competição. Os dispositivos robóticos “Maria” e “Estevão” foram projetados para executar missões específicas: resgatar vítimas e remover escombros, respectivamente.

Tecnologia aplicada ao resgate

O robô Maria teve a função de transportar vítimas representadas por peças vermelhas até áreas de refúgio. Já o robô Estevão atuou na coleta de peças em meio a escombros, utilizando um sistema de garras articuladas e esteiras transportadoras, desenvolvido para respeitar as restrições de espaço do circuito e garantir a eficiência da simulação de resgate.

Durante a disputa, os robôs operaram de forma autônoma, guiados exclusivamente por códigos de programação elaborados pelos próprios estudantes. Segundo a integrante Laura Vaz Sverzut, os jovens utilizaram inteligência artificial para aperfeiçoar os algoritmos. Ela apontou o potencial de aplicação futura da IA para otimizar a comunicação entre os robôs, permitindo, por exemplo, o intercâmbio de informações durante a execução das missões.

Visão sobre a IA e futuro da robótica no Brasil

A experiência internacional alterou a percepção dos participantes sobre o papel da inteligência artificial em contextos sociais. Laura afirmou que o evento demonstrou como a tecnologia pode ser empregada de forma positiva e estratégica em benefício da humanidade.

Davi Beltrame ressaltou o potencial da IA para acelerar inovações e salvar vidas, destacando a importância do uso ético e direcionado das tecnologias emergentes. João Vitor Piovezan, por sua vez, enfatizou a necessidade de ampliar o apoio à robótica no Brasil, citando a competência técnica existente no país e os desafios enfrentados devido à escassez de oportunidades.

A equipe iniciou o projeto utilizando materiais simples, como gesso e tijolos, e aperfeiçoou os protótipos ao longo das fases da competição. A participação no torneio internacional contou com o apoio do programa Polos Olímpicos, do Ministério da Educação do Brasil, voltado ao incentivo de projetos científicos e tecnológicos em instituições de ensino públicas.

*Com informações da ONU News.


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