Aproximadamente 330 milhões de pessoas em mais de 150 países estão atualmente expostas aos riscos provocados por tempestades de areia e poeira, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O fenômeno, que ocorre de forma recorrente em diversas regiões do planeta, foi tema de discussão global no Dia Internacional de Combate às Tempestades de Areia e Poeira, celebrado nesta sexta-feira (12/07/2025).
As tempestades transportam cerca de 2 bilhões de toneladas de areia e poeira por ano, o que equivale, segundo a OMM, ao peso de 307 Grandes Pirâmides de Gizé. Esses eventos têm provocado danos ambientais, econômicos e impactos à saúde pública, além de agravar os efeitos das mudanças climáticas e da desertificação.
Regiões mais impactadas
O Chade, na África Central, registrou o maior pico anual estimado de concentração média de poeira na superfície. No Hemisfério Sul, os níveis mais elevados ocorreram na Austrália central e na costa oeste da África do Sul. Já as áreas mais vulneráveis ao transporte de poeira de longo alcance incluem o norte do Oceano Atlântico tropical, África Ocidental, Caribe, América do Sul, Mar Mediterrâneo, Mar Arábico, Baía de Bengala e centro-leste da China.
Em 2024, o transporte transatlântico de poeira africana afetou diversos países do Caribe. Também no ano passado, grandes tempestades de areia atingiram as Ilhas Canárias (Espanha), o norte da China, incluindo Pequim, e países da Península Arábica, como Iraque, Kuwait e Catar.
Causas e consequências
As tempestades de areia e poeira são processos naturais dos ciclos bioquímicos terrestres, mas ações humanas — como a gestão inadequada de solos e recursos hídricos, além das mudanças climáticas — têm ampliado a frequência e intensidade desses fenômenos. Em contrapartida, as tempestades contribuem para a degradação ambiental, aumentando a poluição do ar, a erosão do solo e a perda de biodiversidade.
Durante um encontro de alto nível promovido pela Assembleia Geral da ONU, representantes de diversos países debateram os impactos ambientais, sociais e econômicos associados ao fenômeno. Entre os principais pontos discutidos, destacou-se a ameaça à segurança alimentar em áreas rurais, decorrente da degradação de terras aráveis.
Riscos à saúde pública
Outro tema abordado foi a exposição da população a partículas inaláveis, que agravam doenças respiratórias e problemas cardiovasculares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica associada a tempestades de areia e poeira é responsável por aproximadamente 7 milhões de mortes prematuras por ano no mundo.
A ONU reforça a importância de ações coordenadas entre governos e instituições científicas para monitorar, prever e mitigar os efeitos das tempestades. A cooperação internacional é considerada fundamental para proteger populações vulneráveis, especialmente em regiões áridas e semiáridas.
*Com informações da ONU News.
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