O Brasil e o México avançaram em tratativas para ampliar a cooperação econômica e enfrentar os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Na quinta-feira (28/08/2025), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reuniu-se com a presidente Claudia Sheinbaum e outras autoridades na Cidade do México, encerrando a missão oficial brasileira no país.
Um dia antes, na quarta-feira (27/08/2025), Alckmin participou do Fórum Empresarial Brasil-México, promovido pela ApexBrasil, em parceria com o MDIC e o MRE, que contou com a presença de empresários e representantes de diferentes setores produtivos. O evento discutiu cooperação em áreas como segurança alimentar, transição energética, ciência e tecnologia e saúde pública.
Tarifas impostas pelos Estados Unidos
Tanto Brasil quanto México enfrentam barreiras tarifárias aplicadas por Donald Trump. No caso brasileiro, desde 06/08/2025 estão em vigor tarifas de até 50% sobre produtos como café, carne bovina, frutas, têxteis e calçados. Já os mexicanos lidam com tarifas de 25% sobre produtos fora do TMEC e de 50% para setores como aço, alumínio e cobre.
Acordos de cooperação
Durante a missão, os dois países assinaram memorandos de entendimento voltados ao fortalecimento da agricultura, pecuária e produção sustentável, além da ampliação de investimentos bilaterais. O acordo principal, firmado entre Alckmin e o secretário de Economia do México, Marcelo Ebrard, prevê medidas para fomentar inovação, facilitar o comércio de bens e serviços e ampliar cadeias produtivas integradas.
Comércio bilateral
Segundo dados da ApexBrasil, em 2024 o intercâmbio comercial entre os dois países alcançou US$ 13,6 bilhões, colocando o México como o segundo principal destino das exportações brasileiras na América Latina, atrás apenas da Argentina. O Brasil, por sua vez, ocupa o oitavo lugar entre os países importadores de produtos mexicanos, com destaque para o setor automotivo e de eletrodomésticos.
Perspectivas
Durante o encontro, Alckmin destacou a necessidade de aproximar ainda mais as duas maiores economias da América Latina, reforçando investimentos recíprocos, facilitação do comércio exterior e estímulo ao turismo.
*Com informações da RFI e Sputnik News.
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