Diplomatas europeus pedem medidas urgentes da União Europeia contra ações de Israel em Gaza e Cisjordânia

Carta conjunta de mais de 200 diplomatas europeus alerta para violação do direito internacional e propõe nove ações para pressão diplomática e humanitária.
Carta conjunta de mais de 200 diplomatas europeus alerta para violação do direito internacional e propõe nove ações para pressão diplomática e humanitária.

Mais de 200 diplomatas europeus, incluindo 110 ex-embaixadores, assinaram nesta terça-feira (26/08/2025) uma carta conjunta condenando as ações de Israel em Gaza e na Cisjordânia. O documento solicita que os países da União Europeia (UE) adotem medidas urgentes para proteger o direito internacional e reduzir impactos humanitários sobre a população palestina.

A carta apresenta nove propostas, entre elas: suspensão de licenças de exportação de armas, proibição do comércio de bens e serviços com assentamentos ilegais e restrições ao processamento de dados pelo governo israelense em centros europeus. O documento critica ainda os planos de expansão de assentamentos na Cisjordânia e a construção de 3.400 unidades habitacionais na área E1, apontando que a medida dificultaria a implementação da solução de dois Estados.

Os signatários destacam o assassinato do ativista palestino Odeh Hathalin, que atuou como consultor no documentário vencedor do Oscar No Other Land, atribuindo a morte a um colono judeu. O texto também aborda o deslocamento de aproximadamente um milhão de palestinos em Gaza, os planos de evacuação da cidade e a dificuldade em obter cessar-fogo e libertação de reféns israelenses.

Segundo a carta, Israel bloqueou desde 2 de março a atuação da UNRWA e de 100 ONGs internacionais, priorizando a militarização da ajuda humanitária via Gaza Humanitarian Foundation (GHF), o que teria resultado em mortes e ferimentos de civis palestinos. O documento alerta ainda sobre restrições a jornalistas, com pelo menos 200 profissionais mortos desde outubro de 2023.

Dados apresentados indicam que meio milhão de pessoas em Gaza estão em risco de morte, e 132 mil crianças menores de cinco anos enfrentam desnutrição até junho de 2026. Os diplomatas afirmam que a falta de ação da UE enfraquece sua posição em outros conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia, e concluem com um apelo à liderança europeia para adoção de ações concretas em defesa de valores humanitários e credibilidade internacional.

*Com informações da RFI.


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