Expansão militar em Gaza provoca alerta da ONU sobre consequências catastróficas

Coordenador da ONU destaca aumento de vítimas civis, deslocamentos e riscos à segurança na Faixa de Gaza.
Coordenador da ONU destaca aumento de vítimas civis, deslocamentos e riscos à segurança na Faixa de Gaza.

O coordenador especial adjunto da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Ramiz Alakbarov, afirmou em reunião do Conselho de Segurança, que a expansão das operações militares israelenses na Cidade de Gaza pode gerar consequências catastróficas, incluindo deslocamento em massa de palestinos.

Segundo Alakbarov, a situação no Território Palestino continua a se deteriorar rapidamente, atingindo níveis nunca vistos na história recente. Após visita recente à região, ele descreveu Gaza como “afundando cada vez mais em um desastre”, com crescimento acelerado de vítimas civis, fome e deslocamentos, sem perspectiva de resolução do conflito.

O representante da ONU afirmou que os palestinos enfrentam seus piores temores, especialmente após a decisão de Israel de tomar a Cidade de Gaza. Ele relatou ataques a tendas de deslocados, escolas, hospitais e prédios residenciais, aumentando o número de vítimas civis. Desde 23/07/2025, pelo menos 2.553 palestinos foram mortos, incluindo 271 pessoas durante tentativas de receber ajuda humanitária.

Alakbarov destacou que, apesar dos esforços da ONU e parceiros, os riscos à segurança permanecem extremamente altos e que as medidas de mitigação são insuficientes. Além disso, mais de 240 jornalistas foram mortos desde o início do conflito em 7/10/2023, quando o Hamas atacou Israel, causando mais de 1.200 mortes e o sequestro de centenas de pessoas.

O coordenador também visitou comunidades israelenses afetadas, incluindo Nir Oz, onde um em cada quatro moradores foi morto ou sequestrado, e encontrou sobreviventes que enfrentam traumas intensos. Cerca de 50 pessoas permanecem detidas pelo Hamas, sendo que 28 já teriam morrido. Vídeos divulgados pelo Hamas mostrando reféns foram considerados violação flagrante do direito internacional.

A sessão do Conselho de Segurança contou ainda com a participação de Joyce Msuya, secretária-geral assistente da ONU para Assuntos Humanitários, Inger Ashing, diretora executiva da Save the Children International, e Ilana Gritzewsky, ex-refém do Hamas.

*Com informações da ONU News.


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