Petrobras registra lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025

Resultados refletem aumento da produção e compensam queda no preço do petróleo Brent.
Resultados refletem aumento da produção e compensam queda no preço do petróleo Brent.

A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (07/08/2025) lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025. O valor é 24,3% inferior ao registrado no trimestre anterior, mas superior ao resultado do mesmo período do ano passado, quando a companhia apresentou prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

Produção e desempenho financeiro

O aumento da produção de óleo foi o principal fator para compensar a queda de 10% no preço do barril do petróleo Brent durante o trimestre. Excluindo eventos extraordinários, o lucro ajustado atingiu R$ 23,2 bilhões (US$ 4,1 bilhões), valor semelhante ao do trimestre anterior.

O EBITDA Ajustado alcançou R$ 57,9 bilhões (US$ 10,2 bilhões) no período. Já o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) totalizou R$ 42,4 bilhões (US$ 7,5 bilhões), impulsionado pelo aumento da produção de óleo e gás. Os investimentos (Capex) somaram R$ 25,1 bilhões (US$ 4,4 bilhões), com maior concentração em projetos no pré-sal.

Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, nos primeiros seis meses do ano foram investidos R$ 48,8 bilhões, representando crescimento de 49% em relação ao mesmo período de 2024. A produção média no segundo trimestre atingiu 2,3 milhões de barris de óleo por dia (bpd), aumento de 5% em relação ao trimestre anterior e de aproximadamente 8% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Tributos e distribuição de dividendos

No segundo trimestre, a Petrobras pagou R$ 66 bilhões em tributos à União, estados e municípios, além de aprovar R$ 8,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, destacou que a melhora operacional se deve à implementação de novos sistemas de produção e à eficiência nos campos em operação, fatores que elevaram o volume de óleo e gás e compensaram a queda do preço do Brent.

Endividamento e expansão da produção

A dívida bruta da Petrobras alcançou US$ 68,1 bilhões em junho de 2025, alta de 5,5% em relação ao trimestre anterior, motivada principalmente pelo aumento do arrendamento de plataformas, incluindo os navios-plataforma Alexandre de Gusmão e Almirante Tamandaré, que adicionaram capacidade de produção de 270 mil barris por dia.

A produção total de óleo e LGN atingiu 2,32 milhões de barris por dia (bpd), representando crescimento de 5% em comparação ao trimestre anterior.

O FPSO Marechal Duque de Caxias alcançou capacidade máxima de produção com quatro poços produtores. A produção também foi iniciada no FPSO Alexandre de Gusmão, localizado no campo de Mero, com capacidade de até 180 mil bpd e processamento de 12 milhões m³/dia de gás.

O navio-plataforma P-78 está em trânsito para o Brasil, sendo a primeira plataforma a ser rebocada com tripulação a bordo, o que deve antecipar em cerca de duas semanas o início da produção. Sua capacidade será de 180 mil barris de petróleo por dia e compressão de até 7,2 milhões m³/dia de gás.

Novas descobertas e projetos de refinaria

Foi confirmada uma nova descoberta de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, no poço exploratório do bloco Aram. Na 5ª Rodada de Oferta Permanente da ANP, a Petrobras adquiriu mais 10 blocos exploratórios na Margem Equatorial e três na Bacia de Pelotas, além de declarar interesse em nove áreas exploratórias na Costa do Marfim.

Em junho, foram assinados os primeiros contratos para a conclusão do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), o que permitirá ampliar a capacidade nominal da refinaria para 260 mil bpd em 2029, com início previsto já a partir de 2026.

Aprovação de pagamento de dividendos aos acionistas

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio no valor total de R$ 8,66 bilhões, equivalente a R$ 0,67192409 por ação ordinária e preferencial. O pagamento será realizado em duas parcelas, nos dias 21 de novembro e 22 de dezembro de 2025.

A data base para a posição acionária é 21 de agosto de 2025 para ações negociadas na Bolsa e 25 de agosto para ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações passarão a ser negociadas ex-direitos a partir de 22 de agosto de 2025.

*Com informações da Agência Brasil.


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