Reunião entre ministro Fernando Haddad e secretário de Tesouro dos EUA é cancelada

Encontro virtual previsto para quarta-feira (13/08/2025) foi desmarcado por influência de grupo de extrema-direita nos Estados Unidos.
Encontro virtual previsto para quarta-feira (13/08/2025) foi desmarcado por influência de grupo de extrema-direita nos Estados Unidos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta segunda-feira (11/08/2025) o cancelamento da reunião virtual com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, inicialmente marcada para quarta-feira (13/08/2025). O encontro, que visava discutir questões comerciais entre Brasil e EUA, foi desmarcado em decorrência da atuação de uma militância antidiplomática ligada à extrema-direita estadunidense.

Em entrevista à GloboNews, Haddad atribuiu o cancelamento a uma articulação política junto a assessores da Casa Branca, que teria resultado na suspensão do encontro. Segundo o ministro, a informação sobre o cancelamento foi recebida por e-mail, poucos dias após o secretário de Tesouro ter anunciado publicamente a reunião.

O ministro explicou que a reunião virtual aconteceria para dar sequência a um primeiro contato ocorrido em maio, durante visita a Califórnia, onde houve uma conversa presencial entre as partes. A nova rodada de negociações pretendia levar o ponto de vista brasileiro às autoridades americanas, especialmente para tratar do chamado “tarifaço” imposto pelo governo Trump sobre produtos brasileiros.

“Houve contato da assessoria do secretário Bessent conosco no dia 30 de julho para agendar uma segunda conversa, mas a reunião de quarta-feira foi desmarcada e até o momento não foi remarcada”, afirmou Haddad. Ele acrescentou que a justificativa para o cancelamento foi “falta de agenda”, o que classificou como situação “inusitada”.

O ministro destacou que o motivo do cancelamento é político, e não econômico, e que o Brasil tem recebido tratamento diferenciado em relação a outras nações que negociaram tarifas com os EUA, como a União Europeia, Japão e Coreia do Sul. Segundo ele, a questão comercial entre Brasil e EUA não está atualmente em foco nas negociações.

Haddad ressaltou ainda que a interferência da extrema-direita americana junto à Casa Branca inviabilizou o diálogo esperado entre os dois países, prejudicando o avanço das tratativas comerciais.

*Com informações da Agência Brasil.


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