SEMA e povo Payayá discutem criação da Reserva da Biosfera da Chapada Diamantina

Encontro reforça diálogo com comunidades indígenas e amplia proposta que será submetida à Unesco.
Encontro reforça diálogo com comunidades indígenas e amplia proposta que será submetida à Unesco.

A Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) recebeu, na terça-feira (26/08/2025), representantes do povo Payayá, em Salvador, para dialogar sobre a proposta de criação da Reserva da Biosfera da Chapada Diamantina (RBCD). O encontro ocorreu após a Caravana da Biosfera, que percorreu oito cidades e reuniu cerca de 300 pessoas para discutir o tema.

Participaram da reunião o Cacique Juvenal Payayá, Jumara Payayá, o secretário Eduardo Mendonça Sodré e o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Luiz Araújo. A pauta incluiu esclarecimentos sobre a proposta, apresentação das etapas já concluídas e coleta de contribuições para o processo, que segue aberto à sociedade.

O secretário destacou que a essência da RBCD é a construção coletiva. Segundo ele, o modelo permite a escuta de comunidades locais, poder público e setor econômico, buscando conciliar preservação e desenvolvimento sustentável. Luiz Araújo acrescentou que, além dos encontros presenciais, reuniões virtuais seguem acontecendo e que a expectativa é encaminhar a proposta ao Ministério do Meio Ambiente no início de setembro, para posterior análise da Unesco.

O Cacique Juvenal Payayá reforçou a ligação dos povos indígenas com a preservação ambiental, defendendo a participação ativa da comunidade na iniciativa. Também estiveram presentes representantes do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba) e da Rede de Mulheres para a Biodiversidade da América Latina e Caribe, que ressaltaram a importância da participação social no processo.

A proposta da RBCD está na fase de consolidação técnica e passou por atualizações após os diálogos da Caravana. A poligonal, inicialmente prevista para abranger 42 municípios, foi ampliada para 66 municípios, englobando 19 unidades de conservação e cinco territórios de identidade, em uma área total de 4.677.288 hectares. Entre as mudanças, foram incorporadas as Serras de Jacobina, todo o território de Utinga e áreas de Várzea Nova, Ourolândia e Brotas de Macaúbas, atendendo a demandas das comunidades locais.


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