SMS de Feira de Santana realiza seminário sobre os 10 anos do Zika vírus

Evento discute avanços científicos, desafios e estratégias de prevenção no enfrentamento à doença.
Evento discute avanços científicos, desafios e estratégias de prevenção no enfrentamento à doença.

A cidade de Feira de Santana, na Bahia, realiza nesta quarta e quinta-feira (13 e 14/08/2025) o seminário “Zika: uma Década Depois – Ciência e Vozes que Transformam”, em alusão aos 10 anos dos primeiros casos de Zika vírus registrados no município. A programação ocorre na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com participação de especialistas em saúde pública, representantes de instituições científicas e familiares de crianças afetadas pela síndrome congênita do Zika vírus.

Parceria institucional e objetivo do seminário

A iniciativa é resultado de uma parceria entre a UEFS e a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de avaliar os avanços, debater os desafios e projetar ações futuras no controle do Zika vírus e outras arboviroses. Representando a Secretaria, o diretor da Rede Própria, Sebastião Oliveira, participou da abertura do evento.

“A integração entre ciência e gestão pública é essencial para melhorar a assistência à população”, declarou o representante da Secretaria de Saúde.

Participação técnica e científica

O seminário reúne representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Ministério da Saúde, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Fiocruz e outros órgãos. Estão sendo discutidos temas relacionados à pesquisa científica, assistência a pacientes, controle do vetor e cenários epidemiológicos.

A enfermeira Maricélia Maia, da Secretaria Municipal de Saúde, destacou que os primeiros casos da doença em Feira de Santana ocorreram em 2015, tornando o município um dos marcos iniciais da epidemia nacional. Ela reforçou a importância da manutenção do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Zika, dengue e chikungunya.

“Embora não haja aumento atual de casos, o vetor permanece ativo e representa risco à saúde pública”, alertou Maricélia.

Ela também enfatizou que a maioria da população infectada desenvolveu imunidade, mas que variações genéticas do vírus podem representar novas ameaças, como observado em outros países. Nesse sentido, medidas como a eliminação de criadouros de mosquitos continuam sendo fundamentais.

Histórico da assistência no município

Maricélia relembrou a mobilização da rede municipal em 2015, quando crianças nascidas com microcefalia e outras complicações associadas ao Zika passaram a receber acompanhamento especializado. A epidemia teve forte impacto social e chamou a atenção da comunidade internacional.

Perspectivas e legado científico

A coordenadora do seminário, Erenilde Cerqueira, ressaltou que a realização do evento é resultado do engajamento de pesquisadores que atuaram na linha de frente da epidemia. Ela destacou o papel da UEFS e da Secretaria de Saúde na produção de artigos científicos com reconhecimento internacional, contribuindo para o entendimento do vírus e suas consequências.

“Estamos refletindo sobre as lições aprendidas e os desafios que ainda persistem em relação à Zika e outras arboviroses”, afirmou a coordenadora.

O evento contou ainda com a presença da chefe da Divisão de Controle Epidemiológico, Verena Leal, e profissionais da Vigilância Epidemiológica (Viep).


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