O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou neste sábado (23/08/2025) que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos afeta apenas 3,3% das exportações brasileiras, ressaltando que o país possui menor dependência do mercado norte-americano em comparação a décadas anteriores.
Impactos setoriais e distribuição das tarifas
Durante participação em debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, Alckmin explicou que 36% das exportações atingidas pela tarifa de 50% concentram-se em setores de manufatura, incluindo máquinas, equipamentos, calçados e indústria têxtil. Produtos alimentícios, como carne e café, podem ser realocados para outros mercados sem comprometer a economia.
Segundo o vice-presidente, 42% das exportações brasileiras aos EUA ficaram de fora da alíquota de 50%, enquanto outros 16% foram incluídos em taxas que afetam diversos países de forma proporcional, como aço, alumínio e cobre.
Estratégias de mitigação e expansão de mercados
Alckmin destacou que o governo brasileiro adotou medidas para reduzir os efeitos negativos do tarifaço, incluindo:
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Abertura de linhas de crédito para exportadores;
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Suspensão de tributos incidentes sobre insumos importados (drawback);
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Aumento do percentual de restituição de tributos federais a empresas afetadas.
Além disso, o país busca expandir mercados internacionais por meio de acordos comerciais, como o Mercosul-União Europeia, com assinatura prevista até o final de 2025, e tratados com EFTA, Singapura e Emirados Árabes Unidos.
Ações no âmbito internacional
O vice-presidente ressaltou que o Brasil abriu reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas dos EUA e afirmou que o caso pode ser levado a tribunais norte-americanos. Segundo Alckmin, medidas regulatórias não devem ser usadas por motivos partidários ou políticos, reforçando a necessidade de negociações diplomáticas e comerciais.
*Com informações da Agência Brasil.
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