As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no Brasil, somando cerca de 30% dos óbitos e quase 400 mil mortes anuais. Esse cenário reforça a urgência em descentralizar serviços de alta complexidade, garantindo diagnóstico precoce e acesso a terapias avançadas também no interior do país. Na quarta-feira (24/09/2025), especialistas destacaram o papel estratégico do Hospital Mater Dei EMEC (HMDE), em Feira de Santana, que se consolida como referência em cardiologia intervencionista.
Avanços em hemodinâmica e intervenções minimamente invasivas
O Serviço de Hemodinâmica do HMDE realiza procedimentos que vão da angioplastia com stent à correção de defeitos estruturais cardíacos, incluindo o implante transcateter de válvula aórtica (TAVI). Essas técnicas são realizadas em salas de hemodinâmica equipadas com tecnologia de ponta, permitindo tratamento rápido e menos invasivo.
Impacto no prognóstico e sobrevida
Segundo o cardiologista intervencionista e coordenador do serviço, Gustavo Novaes, a agilidade é determinante em casos de infarto.
“Em minutos, definimos a estratégia e abrimos a artéria, o que pode significar a diferença entre salvar ou perder uma vida”, afirmou.
O arsenal terapêutico inclui imagem intravascular coronariana e fisiologia invasiva, alinhados às diretrizes científicas mais recentes.
Cirurgias e dispositivos de alta complexidade
Além dos procedimentos intervencionistas, o HMDE oferece cirurgias cardíacas de alta complexidade, como revascularização do miocárdio, troca ou reparo de válvulas e tratamento de cardiopatias congênitas. Também são implantados dispositivos eletrônicos — como marcapassos e cardiodesfibriladores — que beneficiam pacientes com insuficiência cardíaca e arritmias graves.
Integração do cuidado ao paciente
“Nosso objetivo é oferecer integralidade no cuidado, do diagnóstico ao tratamento mais avançado, assegurando que cada paciente receba a conduta adequada”, destacou Novaes.
A estratégia busca reduzir internações prolongadas e melhorar a qualidade de vida no pós-operatório.
Contexto epidemiológico na Bahia
Em 2022, a Bahia registrou 26.526 mortes por doenças cardiovasculares (187,5 por 100 mil habitantes), com maior incidência entre idosos. A interiorização de terapias avançadas é considerada fundamental para reduzir a mortalidade e melhorar a organização das linhas de cuidado.
Impacto econômico e social
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), complicações cardiovasculares geram bilhões de reais em custos anuais, incluindo internações, reabilitação e perda de produtividade. A ampliação da rede de serviços especializados no interior pode desafogar grandes centros e otimizar recursos dos sistemas público e privado de saúde.
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