Nesta sexta-feira (12/09/2025), o Colégio Central da Bahia celebrou 188 anos de fundação, reafirmando-se como a mais antiga instituição pública de ensino da Bahia e um marco da educação nacional. A programação festiva contou com apresentações de música, teatro, exposições e atividades organizadas por estudantes, reunindo diferentes gerações de alunos, professores e ex-alunos em um ambiente de confraternização e memória histórica.
A escola, que também é identificada como Colégio Estadual da Bahia e, em épocas anteriores, como Ginásio da Bahia, carrega uma trajetória vinculada à formação intelectual e cultural de diversas personalidades baianas. Seu legado ultrapassa as fronteiras da sala de aula, simbolizando o papel da educação pública como instrumento de transformação social e preservação da tradição.
História e trajetória do Colégio Central
Fundado pela Lei nº 33, de março de 1836, o colégio iniciou suas atividades em 1837 no antigo Convento de Nossa Senhora da Palma. Originalmente chamado de Liceu Provincial da Bahia, contava com 323 alunos distribuídos em quatro salas e três salões. Criado durante a Regência e atravessado pela Sabinada, o Liceu tinha a função de organizar o ensino secundário, até então disperso em diferentes modalidades de aula.
Reestruturação e consolidação
Durante o século XIX, o colégio enfrentou crises financeiras e estruturais, sendo reestruturado durante a República como Ginásio da Bahia. Reconhecido pelo bacharelado em Ciências e Letras, formou líderes políticos e intelectuais, consolidando-se como referência em ensino público nacional. Em 1942, após a Reforma Capanema, passou a se chamar Colégio Estadual da Bahia Central, mantendo relevância histórica e educacional.
Protagonismo estudantil e legado cultural
O colégio tem papel relevante na formação de figuras históricas, como Carlos Marighella e Glauber Rocha, e influenciou o movimento estudantil. A instituição combina a preservação da memória com a promoção de protagonismo estudantil, permitindo que alunos e professores dialoguem com desafios educacionais e sociais atuais.
Depoimentos da comunidade escolar
A professora de História Déborah Kelman destacou a importância da celebração: “Celebrar cada aniversário do Central é reconhecer uma trajetória rica e significativa. Nosso colégio, fundado em 1836 e ativo desde 1837, mantém história e relevância na educação baiana”.
Comemorações e atividades
As festividades incluíram apresentações musicais, teatrais e de coral, além de atividades inclusivas com participação em Libras. Foram exibidos projetos criativos, como roupas feitas de materiais recicláveis e pesquisas do clube de ciências ORBITZ, promovendo valorização do protagonismo estudantil.
Participação dos alunos
A estudante Tailane Eduarda Almeida, 18 anos, destacou a atuação do coral na gincana da escola: “A música aborda natureza e sustentabilidade, temas trabalhados pela escola. Participar do aniversário do Central foi especial e emocionante”. A aluna Amandah da Silva Félix, 17 anos, apresentou projeto sobre automedicação e descarte de medicamentos, ressaltando que o evento reforça a importância da educação e do espaço de pertencimento escolar.
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