Discurso do presidente Donald Trump na ONU provoca tensão com ataques ao multilateralismo e críticas a países

Presidente dos EUA critica ONU, defende tarifas, questiona política climática e provoca líderes internacionais em Nova York.
Presidente dos EUA critica ONU, defende tarifas, questiona política climática e provoca líderes internacionais em Nova York.

O presidente Donald Trump retornou à tribuna da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23/09/2025), em Nova York, com um discurso marcado por ataques ao multilateralismo, críticas a políticas internacionais e provocações a líderes estrangeiros, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a fala, Trump criticou medidas da ONU sobre imigração, defendeu a política de tarifas de seu governo e qualificou a mudança climática como fraude, mantendo tom nacionalista e confrontativo.

Críticas à ONU e política climática

Trump afirmou que a ONU incentiva invasões por meio da imigração ilegal e acusou países europeus de políticas equivocadas: “vão para o inferno”. Ele criticou falhas técnicas durante seu discurso, apontando que recebeu apenas “uma escada rolante quebrada e um teleprompter com defeito”, e questionou o potencial da organização, classificando a mudança climática como a maior fraude contra o mundo.

Provocações a líderes internacionais

Em referência ao Brasil, Trump comentou encontro rápido com Lula, afirmando que o país “poderia ir muito melhor” e que estaria suscetível a novas tarifas dos EUA, mas que ele “respeita a soberania” brasileira. As câmeras da ONU registraram Lula e sua delegação mantendo postura reservada e severa durante a fala de Trump.

Ataques a políticas externas e alianças globais

O presidente americano acusou a ONU de financiar migração ilegal e apoiar países que entram nos EUA sem autorização. Ele criticou o reconhecimento do Estado da Palestina por cerca de 150 nações, classificando a medida como recompensa a grupos que Washington considera terroristas. Trump também apontou Índia e China como “principais financiadores da máquina de guerra russa” e pressionou países europeus a suspenderem a compra de petróleo russo, em referência à guerra na Ucrânia.

Agenda bilateral e conflitos internacionais

Trump tem encontros bilaterais programados com Volodymyr Zelensky e Javier Milei, além de reuniões com líderes de países muçulmanos. A guerra na Faixa de Gaza também foi pauta do Conselho de Segurança da ONU, sem participação de Israel. Ele afirmou que medidas mais rigorosas podem ser aplicadas contra a Rússia caso os europeus não reduzam compra de energia.

Contraponto de Guterres e Lula

Antes de Trump, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reafirmou a centralidade do multilateralismo, direito internacional e direitos humanos, criticando cortes de ajuda externa. Lula, em seu discurso, defendeu a democracia e soberania brasileiras, denunciando ingerências e reiterando a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, como exemplo de responsabilização legal em um Estado democrático.

Contexto diplomático e pressões internacionais

O governo Trump mantém pressão sobre autoridades brasileiras, com sanções e sobretaxas a exportações. Paralelamente, o Conselho de Segurança debate a guerra na Ucrânia, que segue sem avanços diplomáticos, enquanto Moscou intensifica ataques em países vizinhos e Zelensky cobra medidas mais firmes da comunidade internacional.

*Com informações da RFI.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.