A indústria brasileira iniciou o segundo semestre em situação de estabilidade, segundo os indicadores industriais de julho divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (09/09/2025). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,4% em relação a junho, dando sequência ao movimento de baixa iniciado em abril de 2024.
Apesar disso, no acumulado entre janeiro e julho, os principais indicadores apresentaram alta em comparação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento real avançou 5,1%, as horas trabalhadas cresceram 2,5% e o emprego industrial subiu 2,3%.
Desempenho da Indústria no Mês de Julho
O faturamento real teve aumento de 0,4% em julho, encerrando a sequência de quedas do primeiro semestre, mas acumula retração de 1,3% frente a julho de 2024.
As horas trabalhadas permaneceram praticamente estáveis (+0,1%) no mês, mas seguem em alta de 2,5% no comparativo anual.
Já o índice de emprego industrial cresceu 0,2% em relação a junho, mantendo tendência positiva no acumulado de 2025. A massa salarial e o rendimento médio real apresentaram variações discretas de 0,1% e 0,3%, respectivamente.
Mercado de Trabalho e Política Monetária
Segundo Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, o mercado de trabalho segue aquecido, com queda nas taxas de desocupação. Contudo, ela alerta que a estabilidade no emprego industrial pode sinalizar desaceleração do setor.
O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, avalia que a indústria opera em nível elevado, mas sofre com os efeitos da política monetária restritiva e das medidas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Ele prevê que a taxa de juros possa cair a partir de dezembro, o que poderia estimular uma retomada gradual da produção.
Queda da Capacidade Instalada
O principal dado negativo do levantamento foi a UCI, que recuou para 78,2% em julho, 1,6% abaixo do resultado do mesmo mês de 2024.
De acordo com a CNI, a queda contínua desde abril de 2024 reflete os impactos da restrição ao crédito e da redução na demanda, limitando o ritmo da atividade industrial.
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