Na noite de terça para quarta-feira (03/09/2025), a Rússia lançou um ataque em larga escala contra a Ucrânia, utilizando 526 drones e mísseis, com foco no oeste do país. Explosões foram registradas em Kiev e danos à infraestrutura civil deixaram milhares de residências sem energia elétrica. Entre os feridos, estão quatro ferroviários em Kirovogrado. A ofensiva ocorre às vésperas da reunião do presidente Volodymyr Zelensky com líderes europeus em Paris, marcada para quinta-feira (04/09/2025).
Intensificação dos ataques russos
A ofensiva atingiu nove das 24 regiões ucranianas, incluindo Lviv, Volínia e Chernihiv, causando interrupções significativas no fornecimento de energia. Em Chernihiv, 30 mil pessoas ficaram sem eletricidade após bombardeio à infraestrutura civil, conforme informou Vyacheslav Tchaus, chefe da administração regional.
O presidente Zelensky denunciou a ação como uma demonstração de impunidade de Vladimir Putin e pediu a aliados internacionais que pressionem a economia de guerra da Rússia.
Em declarações recentes, Zelensky afirmou: “Estes ataques são claramente uma demonstração russa. Putin está demonstrando sua impunidade. E isso, sem dúvida, exige uma resposta do mundo”.
Diplomacia e apoio internacional
Antes de se reunir com líderes europeus em Paris, Zelensky participa de encontros com autoridades dos países bálticos e nórdicos na Dinamarca. Segundo o gabinete da primeira-ministra Mette Frederiksen, os encontros discutirão apoio adicional à Ucrânia, tanto na linha de frente quanto em negociações diplomáticas.
Enquanto isso, a visita do secretário de Defesa britânico John Healey a Kiev reforça a presença internacional no apoio à Ucrânia. A reunião em Paris, marcada para quinta-feira (04/09/2025), ocorre em meio a esforços estagnados de Washington para encerrar a invasão russa.
Questão da anexação de territórios
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o reconhecimento internacional das regiões anexadas é necessário para a paz duradoura. Ele mencionou que quatro regiões ucranianas deveriam ser formalmente cedidas.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiga, respondeu denunciando ultimatos russos e falta de disposição para negociações. Sybiga defendeu a imposição de novas sanções severas contra a máquina de guerra russa.
Contexto geopolítico
A ofensiva ocorreu enquanto Vladimir Putin estava em Pequim, participando do desfile pelo 80º aniversário da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, ao lado de líderes internacionais, incluindo Kim Jong-un, reforçando uma demonstração de força militar e diplomática.
*Com informações da RFI.
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