A 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região manteve, na segunda-feira (08/09/2025), a prisão preventiva do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (ex-MDB), e de outros 13 investigados na Operação Zargun. A decisão foi unânime e considerou a alta periculosidade dos réus e o risco de interferência nas investigações.
Acusações contra TH Joias
TH Joias é acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do estado do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público Federal, ele atuava na negociação de fuzis, drogas e equipamentos antidrones, utilizados para dificultar operações policiais em comunidades como o Complexo do Alemão, da Maré e Parada de Lucas.
Prisão e locais de operação
O ex-deputado foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, durante a deflagração da Operação Zargun. A ação contou com o cumprimento de diversos mandados judiciais.
Movimentações financeiras sob investigação
Na decisão, o relator, desembargador federal Macario Neto, destacou que TH Joias e sua esposa, Jessica de Oliveira Lima, movimentaram mais de R$ 13 milhões entre 2021 e 2023.
Estrutura financeira e empresas envolvidas
De acordo com os autos, Jessica concentrou as movimentações mais relevantes, com valores que variaram de R$ 440 mil a R$ 1,9 milhão, em transações fragmentadas e realizadas por autoatendimento para dificultar o rastreamento. O casal possui empresas como TH Joias, Açougue BR e Somar Ateliê, suspeitas de serem usadas para mascarar transações ilícitas.
Demais presos na Operação Zargun
Além de TH Joias, foram presos:
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Alessandro Pitombeira Carracena, ex-secretário estadual de Esportes;
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Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão;
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Gustavo Steel, delegado federal;
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Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, ex-assessor de TH Joias;
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Luciano Martiniano da Silva e Wallace de Brito Trindade;
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Kleber Ferreira da Silva, Davi Costa Rodrigues da Silva;
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Cinco policiais militares do Rio de Janeiro, alguns lotados na Alerj: Rodrigo da Costa Oliveira, Alexandre Marques dos Santos Souza, Wallace Menezes Vargas de Andrade Tobias, Wesley Ferreira da Silva e Leandro Alan dos Santos.
Transferência para presídio federal
O desembargador determinou que TH Joias, Luciano Martiniano, Gabriel Dias, Luiz Eduardo Gonçalves, Gustavo Steel e Rodrigo da Costa sejam transferidos para o sistema penitenciário federal de segurança máxima.
Justificativa da decisão
Na decisão, o relator destacou que os acusados possuem elevado grau de periculosidade, capacidade de articulação externa e histórico de interferência na administração da Justiça por meio de coação, corrupção de agentes públicos e acesso a informações privilegiadas.
*Com informações da Agência Brasil.
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