Pela primeira vez desde 2020, o avião ultrapassou o ônibus como meio de transporte coletivo mais utilizado nas viagens domésticas no Brasil. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Turismo 2024, divulgada nesta quinta-feira (02/10/2025) pelo IBGE, aponta que 14,7% das viagens foram realizadas de avião, contra 11,9% em ônibus, mantendo o carro particular como principal meio de deslocamento.
Crescimento do turismo e recuperação da aviação
Em 2024, foram contabilizadas 20,6 milhões de viagens domésticas, número estável em relação a 2023 e significativamente superior ao período da pandemia, quando o total caiu para 12,1 milhões de deslocamentos em 2021. O aumento no uso da aviação reflete recuperação da demanda e maior confiança no transporte aéreo, consolidando o setor como vetor estratégico de integração nacional.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a expansão do setor resulta de políticas públicas de conectividade, tarifas acessíveis e infraestrutura aeroportuária.
“A aviação civil brasileira avança não apenas como transporte, mas como vetor de turismo, negócios e geração de empregos”, afirmou.
Fatores que impulsionam o uso do avião
O aumento da preferência pelo avião está ligado a crescimento da renda média do trabalho em 2024, de 4,7%, que possibilitou maior acesso ao transporte aéreo, especialmente em viagens a trabalho e lazer de longa distância. Em 2024, os deslocamentos a trabalho representaram 28,8% do total, perfil que privilegia a velocidade do transporte aéreo.
Além disso, o custo-benefício do avião em trajetos longos tornou-o mais atrativo em comparação ao ônibus, mesmo diante da alta de 11,7% nos gastos totais com turismo. O transporte aéreo passou a conciliar economia de tempo e comodidade, fatores valorizados por passageiros em deslocamentos corporativos e turísticos.
Políticas públicas e ambiente favorável
O Ministério de Portos e Aeroportos adotou medidas para criar um ambiente favorável ao setor aéreo, incluindo acordos com o CNJ e a Anac para reduzir judicialização e custos operacionais. O Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) disponibiliza R$ 4 bilhões em 2025 para projetos que aumentem frequência de voos, especialmente em aeroportos regionais.
O programa AmpliAR visa modernizar aeroportos regionais, ampliando oferta de voos e conectividade em cidades médias e pequenas. Reduções nos custos do querosene de aviação (QAV), que representam cerca de 40% das despesas operacionais, também contribuem para tarifas mais acessíveis e expansão do setor.
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