O Exército Brasileiro realizou, nesta quinta-feira (09/10/2025), o primeiro disparo real do míssil nacional de longo alcance do sistema Astros, na Serra do Tucano, em Bonfim (RR), na fronteira com a Guiana. A ação integrou a Operação Atlas, que mobilizou mais de 9.500 militares das três Forças Armadas, com o objetivo de testar a interoperabilidade entre unidades terrestres e aéreas na defesa da Amazônia.
Operação Atlas e o disparo do míssil
O lançamento do sistema Astros ocorreu em um cenário de simulação de combate, envolvendo apoio aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB), tanques, veículos blindados e artilharia pesada. O míssil nacional possui alcance de até 300 quilômetros, alta precisão e capacidade de adaptação a diferentes tipos de terreno, sendo considerado uma das plataformas de artilharia mais avançadas da América Latina.
O exercício teve acompanhamento do Ministério da Defesa e do Comando Militar da Amazônia, com transmissão via satélite para o Centro de Operações Conjuntas, em Brasília, garantindo monitoramento em tempo real das atividades.
Demonstração de capacidades militares
Segundo o Exército, o disparo iniciou com apoio aéreo aproximado realizado por aeronave A-29 Super Tucano, que forneceu cobertura às tropas em solo. Em seguida, viaturas blindadas do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado — modelos Guarani, Guaicurus e Cascavel — abriram fogo com metralhadoras calibre 7,62 mm, 0,50 e canhão 90 mm, neutralizando alvos em terreno hostil.
O treinamento serviu para avaliar a integração entre unidades terrestres e aéreas, além de comprovar a eficiência do míssil em condições extremas de floresta tropical.
Participação e planejamento estratégico
Mais de 6 mil militares atuaram em Roraima, com o restante das forças distribuídas em outros pontos estratégicos da Amazônia. O Ministério da Defesa informou que a operação faz parte do planejamento regular de treinamento, sem ligação com recentes tensões internacionais, como ataques a embarcações venezuelanas no Caribe por parte dos Estados Unidos.
O objetivo principal do exercício é aperfeiçoar a capacidade de resposta das forças nacionais e fortalecer a soberania sobre o território amazônico, garantindo prontidão para possíveis ameaças externas.
*Com informações da Sputnik News.
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