Cessar-fogo em Gaza enfrenta tensão e EUA intensificam pressão sobre Israel com envio de representantes

Ataques recentes na Faixa de Gaza colocam acordo em risco, enquanto enviados americanos buscam assegurar manutenção do cessar-fogo e discutir segunda fase do plano de paz.
Ataques recentes na Faixa de Gaza colocam acordo em risco, enquanto enviados americanos buscam assegurar manutenção do cessar-fogo e discutir segunda fase do plano de paz.

O cessar-fogo na Faixa de Gaza apresentou instabilidade após ataques contra tropas israelenses estacionadas no território. Em resposta, Israel realizou bombardeios que atingiram mais de cem alvos, causando a morte de 45 pessoas, segundo hospitais locais. Os Estados Unidos enviaram representantes, incluindo Steve Witkoff, Jared Kushner e JD Vance, para pressionar Israel a manter a trégua e avançar na negociação de uma segunda fase do acordo.

Violação do cessar-fogo e ataques subsequentes

O Exército de Israel informou que dois soldados foram mortos por disparo de míssil antitanque, responsabilizando o Hamas pela violação do acordo. Israel reagiu com ataques que duraram cerca de dez horas até que a cúpula política do país decidisse restabelecer a trégua.

Reações políticas em Israel

Parlamentares israelenses, como Moshe Saada, do Likud, consideraram a ação do governo insuficiente. “Israel está viciado em administrar o conflito, em vez de decidir. Não estabelecemos uma linha vermelha clara sobre violações flagrantes”, declarou Saada. O Hamas apresentou duas versões, negando participação em uma delas e afirmando, em outra, que perdeu contato com combatentes em Rafah, reafirmando compromisso com o cessar-fogo.

Enviados dos EUA reforçam manutenção do cessar-fogo

Os enviados Steve Witkoff, Jared Kushner e JD Vance têm como objetivo garantir que o acordo de trégua “permaneça válido e vinculativo a todas as partes”. Washington exerceu pressão sobre Israel para que a resposta aos ataques fosse proporcional e que o ciclo de violência não se estendesse.

Interação com militares e discussões estratégicas

Witkoff e Kushner se reuniram com generais israelenses, uma ação incomum para diplomatas americanos, para compreender os preparativos da segunda fase do acordo, incluindo criação do Conselho da Paz, desarmamento do Hamas e implementação da Força Internacional de Estabilização que substituirá tropas israelenses. JD Vance também deve participar de reuniões com líderes militares e políticos, discutindo mecanismos operacionais e estratégias para evitar confrontos no enclave palestino.

Cenário futuro e próximos passos

Os representantes dos EUA enfatizaram que Israel pode agir em autodefesa, mas ações que comprometam o cessar-fogo não serão toleradas. A segunda etapa das negociações deverá abordar questões complexas sobre administração temporária de Gaza, segurança, desarmamento e presença militar internacional, ainda sem cronograma definido.

*Com informações da RFI.


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