Dois suspeitos de envolvimento no roubo ao Museu do Louvre são presos na França

Operação policial prende dois homens acusados de participar do furto de joias da Coroa Francesa avaliadas em € 88 milhões.
Operação policial prende dois homens acusados de participar do furto de joias da Coroa Francesa avaliadas em € 88 milhões.

As autoridades francesas confirmaram neste domingo (26/10/2025) a prisão de dois suspeitos de participação no roubo ao Museu do Louvre, ocorrido há sete dias em Paris. Os homens foram detidos sob acusação de roubo em quadrilha organizada e associação criminosa, informou o Ministério do Interior da França. Ambos permanecem sob custódia policial por até 96 horas, enquanto prosseguem as investigações conduzidas pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) e pelo Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais (OCBC).

Prisões e perfil dos suspeitos

Um dos suspeitos foi preso no aeroporto Charles-de-Gaulle, tentando embarcar para a Argélia, segundo informações do jornal Le Parisien e da revista Paris Match. O outro foi localizado na região metropolitana de Paris, prestes a fugir para o Mali.

De acordo com a imprensa francesa, os detidos têm cerca de 30 anos e são moradores de Seine-Saint-Denis, periferia da capital francesa. Ambos já eram conhecidos da polícia por furtos anteriores e são descritos como criminosos experientes que possivelmente atuaram sob encomenda.

Críticas à divulgação das prisões

Após a divulgação das informações, a procuradora de Paris, Laure Beccuau, criticou a imprensa por revelar detalhes das prisões. Segundo ela, a publicação “prejudica os esforços de investigação da equipe de cem agentes mobilizados”.

O ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, elogiou a atuação dos investigadores, mas reforçou a importância do sigilo operacional.

“Envio minhas felicitações às equipes que atuaram com dedicação e profissionalismo, mas o sigilo é essencial ao sucesso das operações”, escreveu na rede social X.

O roubo no Museu do Louvre

O crime ocorreu no domingo (19/10/2025), por volta das 9h30 (horário local), enquanto o Museu do Louvre já estava aberto à visitação. Quatro homens utilizaram um caminhão-elevador para acessar a Galeria de Apolo, onde estão expostas as joias da Coroa Francesa.

Com o uso de serras elétricas, os criminosos removeram as vitrines e levaram oito joias, deixando uma para trás durante a fuga em duas scooters. O assalto, que durou cerca de oito minutos, resultou em prejuízo estimado de € 88 milhões (R$ 550 milhões), segundo autoridades francesas.

Vestígios e andamento das investigações

Os investigadores realizaram mais de 150 coletas de DNA e digitais no local, além de apreender luvas, capacetes, serras, um maçarico, coletes e rádios comunicadores. O caminhão-elevador abandonado também foi periciado.

Graças às imagens de câmeras de vigilância, a polícia conseguiu reconstituir o trajeto dos criminosos em Paris e nas cidades vizinhas. As análises continuam em andamento, com o objetivo de identificar outros envolvidos e recuperar as joias roubadas.

Destino das joias ainda é incerto

Até o momento, nenhuma das peças foi recuperada. Especialistas em joalheria alertam que os criminosos podem retirar os diamantes e pedras preciosas para revenda no mercado clandestino e derreter o ouro das molduras, dificultando sua localização e recuperação.

As autoridades afirmam que as investigações seguem em sigilo e que novas prisões podem ocorrer nos próximos dias, conforme avançam as análises de vídeo e perícia laboratorial.

*Com informações da RFI.


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