Ibovespa ultrapassa os 148 mil pontos pela primeira vez e fecha em alta com expectativa internacional

Índice brasileiro bate novo recorde, enquanto dólar recua e mercado reage a declarações do Federal Reserve.
Índice brasileiro bate novo recorde, enquanto dólar recua e mercado reage a declarações do Federal Reserve.

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em alta de 0,82% nesta quarta-feira (29/10/2025), alcançando 148.633 pontos e registrando o maior patamar da história do Ibovespa. O resultado reflete o otimismo dos investidores diante das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e da redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,358, em baixa de 0,03%, na terceira queda consecutiva.

Mercado financeiro reage a decisão de juros nos Estados Unidos

O movimento positivo na bolsa ocorreu após o Fed reduzir os juros básicos em 0,25 ponto percentual, decisão amplamente esperada pelos analistas. Apesar do corte, o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, afirmou em entrevista que ainda não há definição sobre novas reduções em dezembro, o que trouxe volatilidade aos mercados globais no decorrer do dia.

Durante a tarde, o Ibovespa chegou a ultrapassar os 149 mil pontos, mas perdeu força após as declarações de Powell. O comportamento seguiu a tendência das bolsas internacionais, que também reagiram de forma cautelosa às sinalizações sobre o futuro da política monetária norte-americana.

Dólar oscila, mas mantém tendência de queda em outubro

O dólar comercial registrou oscilação ao longo do pregão, chegando a R$ 5,33 às 12h15, mas reverteu parte da baixa antes do fechamento. Mesmo assim, a moeda norte-americana segue em queda acumulada de 13,28% em 2025, com valorização de 0,69% em outubro. O valor atual é o menor desde 08/10/2025, indicando redução da pressão cambial sobre o real.

Segundo analistas do mercado financeiro, a expectativa de estabilidade política nos Estados Unidos e o avanço de negociações comerciais com a China têm contribuído para o aumento do apetite por risco em países emergentes, favorecendo o desempenho das bolsas da América Latina.

Expectativas para o cenário global e impacto no Brasil

O encontro entre os presidentes Donald Trump (Estados Unidos) e Xi Jinping (China), previsto para os próximos dias, é visto como um fator determinante para o comportamento das commodities. O Brasil, como exportador relevante de produtos primários, tende a se beneficiar de um ambiente internacional mais estável e de maior demanda por matérias-primas.

Enquanto isso, investidores seguem atentos às próximas reuniões do Fed e à inflação doméstica, que poderá influenciar futuras decisões do Banco Central do Brasil sobre a taxa Selic. A combinação entre juros mais baixos e fluxo externo positivo tem sido apontada como principal sustentação do avanço do Ibovespa.

*Com informações da Agência Brasil.


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