Partido Chega conquista primeiras prefeituras em Portugal e reforça avanço da extrema-direita

Legislação liderada por André Ventura vence em três municípios, enquanto PSD mantém liderança nacional nas eleições municipais.
Legislação liderada por André Ventura vence em três municípios, enquanto PSD mantém liderança nacional nas eleições municipais.

O Partido Chega, legenda de extrema-direita fundada em 2019 e liderada por André Ventura, conquistou suas primeiras prefeituras em Portugal. O partido venceu nos municípios de Albufeira, no Algarve; Entroncamento, no distrito de Santarém; e São Vicente, na ilha da Madeira. Apesar do avanço simbólico, o Chega obteve 11,9% dos votos nacionais, abaixo do desempenho esperado e distante dos 18% registrados nas legislativas de maio de 2025.

Desempenho do Chega e perspectivas

Ventura afirmou que a conquista representa um primeiro passo no fortalecimento do partido em nível local, mas reconheceu que ainda há distância em relação aos objetivos estabelecidos. Comparado às eleições locais de 2021, quando o partido obteve 4,2% dos votos, o crescimento reflete expansão gradual, mas limitada, no cenário municipal.

O partido ainda não conseguiu consolidar presença expressiva em grandes cidades, reforçando que sua atuação permanece mais significativa em municípios menores e regiões específicas, como o Algarve e a Madeira.

Resultados nacionais e avanço da centro-direita

No plano nacional, o Partido Social-Democrata (PSD), liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, manteve a liderança. Sozinho ou em coalizão, o PSD elegeu 136 prefeitos, superando o Partido Socialista (PS), que conquistou 126 prefeituras. A vitória nas cidades de Lisboa e Porto reforçou o protagonismo do PSD nas maiores regiões metropolitanas do país.

Em Lisboa, a coalizão liderada pelo prefeito Carlos Moedas obteve 41,7% dos votos, contra 34% da esquerda, que não contou com o Partido Comunista. No Porto, o candidato governista Pedro Duarte venceu por 37,3% dos votos, frente a 35,5% do socialista.

Cenário político e fragmentação

As eleições municipais de 2025 evidenciaram um cenário político fragmentado, com a extrema direita alcançando espaço, mas ainda distante de se tornar força dominante nos governos locais. A centro-direita, por sua vez, ampliou presença territorial e consolidou liderança em municípios estratégicos, mantendo influência significativa na política local e reforçando sua capacidade de governança mesmo em coalizões minoritárias.

O resultado reforça a necessidade de análise contínua sobre dinâmicas eleitorais, alianças políticas e tendências de consolidação de partidos emergentes, especialmente em contextos de crescimento gradual da extrema direita.

*Com informações da RFI.


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