O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (13/10/2025) a “paz no Oriente Médio”, após a assinatura de um acordo de cessar-fogo em Gaza. O pacto foi firmado durante uma cúpula internacional em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a participação dos líderes do Egito, Catar e Turquia, e prevê o fim imediato das hostilidades entre Israel e Hamas, além da troca de prisioneiros e início da reconstrução da Faixa de Gaza.
Acordo internacional busca encerrar ciclo de violência
Na reunião que contou com 31 líderes internacionais, Trump afirmou que o acordo “representa o fim de um longo pesadelo para israelenses e palestinos”. O documento assinado define a libertação de 20 reféns israelenses em troca de 1.968 prisioneiros palestinos e estabelece um cronograma para a retirada gradual de tropas israelenses de áreas específicas da Faixa de Gaza.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, que copresidiu a cúpula ao lado de Trump, declarou que o Egito organizará uma conferência internacional sobre a reconstrução de Gaza, em parceria com os Estados Unidos e outras nações mediadoras.
“O Egito trabalhará com os Estados Unidos e parceiros internacionais para reconstruir Gaza e restabelecer a estabilidade na região”, afirmou Sissi.
O presidente palestino Mahmoud Abbas esteve presente à cerimônia e apertou a mão de Trump, em gesto simbólico de apoio ao acordo. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e representantes do Hamas não participaram do evento, mas aceitaram as condições iniciais do cessar-fogo por meio de mediadores.
Troca de prisioneiros e retirada de tropas
O plano proposto por Trump prevê que os últimos reféns palestinos sejam libertados em até 72 horas, enquanto Israel iniciará a retirada parcial de suas tropas de Gaza. A libertação simultânea dos prisioneiros gerou celebrações em Tel Aviv, Ramallah e Gaza, com milhares de pessoas exibindo bandeiras palestinas e israelenses em sinal de trégua temporária.
Durante o discurso no Parlamento israelense, Trump afirmou que “a guerra chegou ao fim” e fez um apelo aos palestinos para que abandonem o caminho do terrorismo. Segundo ele, o acordo representa “o encerramento de uma era de terror e morte” e o início de um novo período de cooperação regional.
Segunda fase prevê desarmamento do Hamas
A próxima etapa do plano será o desarmamento gradual do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007. Autoridades envolvidas nas negociações informaram que essa fase exigirá negociações complexas e monitoramento internacional.
Um dirigente do Hamas reconheceu que a segunda fase será “difícil”, mas não descartou a continuidade do diálogo. Caminhões de ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza nesta segunda-feira (13/10/2025), levando alimentos, remédios e suprimentos básicos à população civil.
Contexto do conflito e balanço das vítimas
O acordo surge após meses de confrontos intensos, iniciados em 7 de outubro de 2024, quando um ataque coordenado do Hamas causou 1.219 mortes em Israel. A ofensiva israelense em Gaza, em resposta, resultou em 67.869 mortes de palestinos, segundo balanços divulgados por autoridades locais e confirmados por mediadores internacionais.
Trump afirmou que o compromisso de paz marca um ponto de inflexão na política externa norte-americana e destacou a participação do Egito, Catar e Turquia como fundamentais para a viabilização do acordo. O presidente declarou ainda que os Estados Unidos manterão equipes diplomáticas na região para monitorar o cumprimento dos termos.
*Com informações da RFI.
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