Projeto “Tá na Lei” leva literatura de cordel e oralidades africanas às escolas de Feira de Santana

Iniciativa promove recitais educativos e distribui 1.000 exemplares de cordéis em escolas públicas e privadas em novembro de 2025.
Iniciativa promove recitais educativos e distribui 1.000 exemplares de cordéis em escolas públicas e privadas em novembro de 2025.

Em novembro de 2025, escolas públicas e privadas de Feira de Santana e da zona rural receberão o projeto “Tá na Lei – Literatura de Cordel e Oralidades Africanas nas Escolas”, idealizado pelo poeta e cordelista Ramiro Barbosa. O projeto distribuirá 1.000 exemplares de cordéis inéditos e promoverá recitais educativos, aproximando estudantes das tradições afro-brasileira, africana e indígena.

Os recitais educativos já ocorreram ao longo de 2025 em instituições como a Escola José de Anchieta, no Museu Casa do Sertão, na UEFS, durante o lançamento do documentário Batuques da Fêra, e na FLICAR 2025 – Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues. Ramiro Barbosa convida escolas da sede e da zona rural a agendarem apresentações por meio do formulário online.

Inscrições e seleção das escolas participantes

As apresentações acontecerão em quatro escolas selecionadas: duas públicas e uma particular na sede e uma pública na zona rural. O projeto transforma salas de aula, auditórios e pátios escolares em espaços de poesia e cultura, unindo o cordel nordestino às histórias orais africanas (Itans) e promovendo diálogo sobre diversidade, identidade cultural e respeito.

As inscrições devem ser realizadas até 31/10/2025, através do formulário: https://forms.gle/Z4VLA2bieAjLyQFg8. As escolas selecionadas serão comunicadas por e-mail ou pelo perfil do projeto no Instagram @projeto_tanalei/.

Cumprimento da legislação e objetivos educacionais

O projeto atende às exigências da Lei Federal nº 10.639/2003 e da Lei nº 11.645/2008, que obrigam o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas. Por meio de cordéis e recitais, a iniciativa promove educação inclusiva e lúdica, combate preconceitos e valoriza a identidade negra e nordestina.

Segundo Ramiro Barbosa, “o cordel é uma ponte entre passado e presente, capaz de ensinar e encantar, fortalecendo o orgulho cultural dos jovens sobre as heranças africanas e nordestinas”.

Expansão do projeto para o território Portão do Sertão

O projeto prevê expansão para escolas do território de identidade Portão do Sertão, abrangendo cidades como Água Fria, Amélia Rodrigues, Anguera, Antônio Cardoso, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Ipecaetá, Irará, Santa Bárbara, Santanópolis, Santo Estêvão, São Gonçalo dos Campos, Tanquinho, Teodoro Sampaio e Terra Nova. As direções escolares podem entrar em contato para agendamento de apresentações.

Sobre o idealizador Ramiro Barbosa

Ramiro Barbosa é Babalaô e Elemaxó, filho do terreiro Ogbe Ogun Egbe Asé Eko, com formação na família Opô Afonjá. Estudante de Direito, professor, poeta, músico, compositor e Ogan Alagbe, acumula conhecimentos dos toques, cantos e Itans da cultura afro-brasileira e yorubana. Cordelista há mais de 30 anos, já distribuiu milhares de exemplares, incluindo “A peleja do advogado que processou uma Mula” (2016).

Financiamento e apoio institucional

O projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Federal nº 195/2022), repassados pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, com direcionamento do Ministério da Cultura – Governo Federal. A iniciativa conta com apoio institucional e logístico para implementação nas escolas.


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