Venezuela intensifica presença militar nas fronteiras com Colômbia e Brasil em resposta à pressão dos EUA

Manobras envolvem 17 mil soldados e reforço na vigilância fronteiriça em meio a tensões com Washington.
Manobras envolvem 17 mil soldados e reforço na vigilância fronteiriça em meio a tensões com Washington.

A Venezuela reforçou sua presença militar nos estados fronteiriços com Colômbia e Brasil nesta sexta-feira (17/10/2025), mobilizando cerca de 17 mil soldados. A medida ocorre após o envio de navios de guerra americanos ao Caribe, oficialmente em operação antidrogas, mas interpretada por Caracas como ameaça direta à soberania nacional. A intensificação da segurança inclui patrulhas e controles em pontos estratégicos, como a Ponte Internacional Simón Bolívar, que conecta Cúcuta e Villa del Rosario, na Colômbia, a San Antonio, na Venezuela.

Mobilização militar e patrulhamento estratégico

Segundo o general Michell Valladares, comandante da Zona Operacional de Defesa Integrada (Zodi) em Táchira, as forças foram deslocadas para áreas críticas da fronteira, garantindo vigilância em passagens terrestres e elevação do nível de prontidão operacional. No estado do Amazonas, que faz fronteira com o Brasil, o general Lionel Sojo informou que os soldados foram distribuídos para proteger negócios estratégicos e serviços básicos, com integração da população às forças armadas.

Além das fronteiras terrestres, a Venezuela mantém mobilizações em áreas costeiras, após ataques marítimos atribuídos a operações clandestinas da CIA, que, segundo relatórios de Trump, causaram pelo menos 27 mortes, incluindo seis no último ataque divulgado em terça-feira (14/10/2025). Autoridades de Trinidad e Tobago investigam a morte de dois cidadãos possivelmente afetados.

Tensões políticas e acusações bilaterais

O presidente Nicolás Maduro nega envolvimento com o narcotráfico e considera o envio de tropas americanas uma ameaça à soberania. Em resposta, Caracas organiza manobras militares e protesta contra o que classifica como “guerra psicológica” conduzida por meios de comunicação e operações da CIA.

O ex-almirante americano Alvin Holsey anunciou sua aposentadoria em 12 de dezembro, integrando a lista de oficiais que deixaram o comando na América do Sul desde o início do segundo mandato de Trump.

Recentes rumores de negociações envolvendo a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez e seu irmão Jorge para depor Maduro foram negados oficialmente, sendo caracterizados como campanha de desinformação e manipulação midiática.

*Com informações da RFI.


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