O Brasil contabiliza 87.362 localidades com concentração permanente de habitantes, segundo dados do IBGE divulgados nesta segunda-feira (24/11/2025) no Rio de Janeiro. As informações fazem parte do Censo 2022 e mostram uma elevação em relação ao levantamento anterior, quando foram identificadas 21.886 localidades em 2010. O índice incorpora cidades, vilas, núcleos urbanos, povoados, lugarejos, áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas e agrovilas.
A atualização representa expansão significativa na estrutura de identificação territorial. De acordo com o instituto, a multiplicação do número de localidades resulta de aperfeiçoamentos metodológicos e do uso de imagens de satélite de alta resolução, que ampliaram a precisão do mapeamento. O IBGE destacou que a classificação considera não apenas limites político-administrativos, mas também formas de uso, ocupação e nomeação dos espaços pela população.
Felipe Leitão, gerente de Malha e Ordenamento Territorial do IBGE, explicou que o detalhamento contribui para uma visão mais completa da distribuição populacional. Segundo ele, as localidades representam não somente categorias estatísticas, mas também espaços de vida cotidiana e de organização social no território brasileiro.
Distribuição territorial e diferenças regionais
O levantamento evidencia distinções marcantes entre regiões do país. O Sul e o Sudeste concentram maior número de localidades urbanas, classificadas como cidades, vilas e núcleos urbanos. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores quantitativos de povoados e lugarejos, mantendo presença expressiva de áreas rurais diversificadas.
As duas regiões também registram os maiores números de localidades indígenas e quilombolas, reforçando características culturais e demográficas específicas. Segundo o Censo, o país possui mais de 8,4 mil localidades quilombolas e cerca de 8,5 mil localidades indígenas, distribuídas por diferentes estados e biomas.
Aplicações do detalhamento territorial
O IBGE destacou que a nova classificação tem utilidade em diversas áreas, como logística de serviços, planejamento de infraestrutura, distribuição de saúde e educação, além de turismo e conservação ambiental. A base também oferece suporte para pesquisas acadêmicas e para a formulação e monitoramento de políticas públicas em diferentes níveis administrativos.
O instituto reforça que o mapeamento atualizado permite identificar padrões de ocupação humana, mantendo alinhamento entre dados estatísticos e dinâmicas sociais observadas no território.
*Com informações da Agência Brasil.
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