O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta quarta-feira (04/11/2025) a penúltima reunião do ano para definir a Taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, o maior nível desde julho de 2006. A expectativa do mercado é de manutenção da taxa, diante da inflação em desaceleração, mas ainda pressionada por preços como o da energia elétrica.
Expectativas do mercado e contexto da decisão
A decisão do Copom será divulgada no início da noite. O colegiado já indicou, em ata divulgada, que pretende manter a Selic em 15% por tempo prolongado, até que haja maior estabilidade econômica. Segundo o documento, fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos e tarifas comerciais internacionais, têm impactado os preços domésticos.
No cenário interno, a desaceleração da economia tem ajudado a conter a inflação, mas custos setoriais, como o da energia, continuam a pressionar o índice. O Boletim Focus aponta que a taxa básica deve permanecer em 15% até o fim de 2025 ou início de 2026, com queda dos juros prevista apenas para o segundo semestre do próximo ano.
Inflação e previsões atualizadas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, ficou em 0,18% em (10/2025) e acumula 4,94% em 12 meses. O preço médio dos alimentos caiu pelo quinto mês consecutivo, enquanto o IPCA fechado de outubro será divulgado apenas em (11/11/2025).
Ainda segundo o Boletim Focus, a estimativa de inflação para 2025 foi reduzida para 4,55%, ante 4,8% há quatro semanas, situando-se ligeiramente acima do teto da meta contínua de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O papel da Taxa Selic na política monetária
A Taxa Selic é a referência para todas as demais taxas de juros da economia e o principal instrumento de controle da inflação pelo Banco Central. Ela é usada nas negociações de títulos públicos federais e influencia diretamente o custo do crédito e o nível de consumo.
Quando a Selic é elevada, o objetivo é reduzir a demanda e conter a inflação, mas isso encarece o crédito e desacelera o crescimento econômico. Quando é reduzida, há estímulo ao consumo e à produção, o que pode elevar os preços se a economia estiver aquecida.
Estrutura das reuniões e funcionamento do Copom
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas análises técnicas sobre o cenário econômico interno e externo. No segundo dia, os membros da diretoria do Banco Central deliberam sobre a taxa básica de juros com base nos dados apresentados.
A ata da reunião é divulgada na terça-feira seguinte, detalhando as projeções de inflação, crescimento e política monetária que embasaram a decisão.
Novo modelo de meta contínua de inflação
Em vigor desde (01/2025), o sistema de meta contínua de inflação define que o Banco Central deve perseguir meta de 3%, com faixa de tolerância entre 1,5% e 4,5%. A apuração é mensal e móvel, considerando o acumulado de 12 meses anteriores, e não mais o fechamento de dezembro, como no modelo anterior.
Segundo o Relatório de Política Monetária de (09/2025), o BC manteve a previsão de inflação de 4,8% para o fechamento de 2025, podendo rever o número dependendo da variação cambial e do comportamento dos preços internacionais. A próxima edição do relatório será divulgada em (12/2025).
*Com informações da Agência Brasil.
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