Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Caribe com a chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford, segundo anúncio do Pentágono nesta terça-feira (11/11/2025). A embarcação se junta às operações de combate ao narcotráfico sob comando do Comando Sul (Southcom), elevando a tensão com a Venezuela, que respondeu com o envio de tropas e exercícios militares em todo o território.
Reforço das operações navais americanas
O Pentágono informou que o deslocamento do porta-aviões tem como objetivo “apoiar a ordem do Presidente de desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo”.
Desde agosto de 2025, os Estados Unidos mantêm navios de guerra e aeronaves no Caribe, oficialmente para conter o tráfico de drogas destinado ao território norte-americano. Segundo o governo americano, 20 ataques aéreos contra embarcações suspeitas resultaram em 76 mortes.
O grupo de ataque liderado pelo USS Gerald R. Ford inclui oito navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35, ampliando a capacidade de operação dos EUA na região.
Reação da Venezuela e mobilização militar interna
Em resposta, o governo da Venezuela anunciou um “desdobramento massivo” de forças armadas e recursos navais, terrestres e aéreos, segundo o ministro da Defesa Vladimir Padrino López. O comunicado citou a atuação da Milícia Bolivariana, formada por civis e ex-militares, como parte do esforço de defesa.
O presidente Nicolás Maduro declarou que o país possui “força e poder para responder aos Estados Unidos” e que, em caso de ataque, seria decretada “ordem de operações, mobilização e combate” em nível nacional.
Posição da Rússia e apoio a Caracas
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, classificou os ataques americanos no Mar do Caribe como “inaceitáveis”. Ele afirmou que os Estados Unidos agem sem respeito à lei internacional e que as ações ocorrem “sem julgamento ou investigação”.
A aliança entre Moscou e Caracas foi reafirmada em maio de 2025, com a assinatura de um tratado de cooperação militar e econômica. Apesar disso, as relações entre Rússia e EUA permanecem tensas devido à guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Colômbia rompe cooperação de inteligência com os EUA
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou também nesta terça-feira (11/11/2025) a suspensão do compartilhamento de informações com as agências de inteligência norte-americanas, até que Washington interrompa os ataques a embarcações no Caribe.
Petro afirmou que “a luta contra as drogas deve ser subordinada aos direitos humanos do povo caribenho” e criticou o modelo americano, classificando-o como ineficaz. O presidente norte-americano Donald Trump, por sua vez, tem adotado posturas contraditórias, alternando entre ameaças de ataque e declarações contrárias à guerra direta.
*Com informações da RFI.
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