O Instituto Cultural Steve Biko (ICSB) foi anunciado como vencedor da 2ª edição do Prêmio Luiz Gama, quarta-feira (29/10/2025), premiação concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) a pessoas e instituições que prestam relevantes serviços em defesa dos Direitos Humanos. O instituto foi escolhido por unanimidade entre 39 indicações, destacando-se pelo trabalho educacional e social voltado à comunidade negra.
Histórico e atuação do Instituto Steve Biko
Fundado em 1992, em Salvador, o ICSB é considerado o primeiro curso pré-vestibular direcionado a estudantes negros no Brasil. O instituto realiza formação sistemática de jovens negros para acesso às universidades públicas e privadas, impactando políticas públicas e garantindo oportunidades de inclusão educacional.
O instituto leva o nome de Steve Biko, ativista sul-africano de referência na luta contra o Apartheid, e tem reconhecimento nacional por sua contribuição à promoção da igualdade racial e à educação. Centenas de estudantes beneficiados ingressaram em instituições de ensino superior por meio do programa.
Escolha e importância do Prêmio Luiz Gama
O vencedor foi definido pela Comissão de Outorga do Prêmio Luiz Gama, presidida pelo Desembargador Lidivaldo Reaiche, que destacou: “O Instituto Cultural Steve Biko mantém um curso pré-vestibular para jovens negros carentes. Centenas desses jovens ingressaram nas universidades públicas e privadas por meio da dedicação do Instituto Steve Biko. É merecedor do prêmio pelo trabalho desenvolvido ao longo de todos esses anos”.
O Prêmio Luiz Gama foi regulamentado pelo Decreto Judiciário nº 889/2023. As indicações para a edição de 2025 encerraram-se em 20 de outubro. A solenidade de entrega ocorrerá em novembro, em data a definir, e será divulgada nos canais oficiais do TJBA. No ano anterior, a vencedora foi a Sociedade Protetora dos Desvalidos, com o Steve Biko entre os finalistas.
Legado de Luiz Gama
Luiz Gonzaga Pinto da Gama, nascido em 21/06/1831, em Salvador, foi advogado autodidata, jornalista e escritor que atuou na luta pela abolição da escravatura e pelos direitos dos negros. Filho de mãe negra livre e pai branco, foi escravizado aos 10 anos e permaneceu analfabeto até os 17. Conquistou judicialmente a própria liberdade e se tornou advogado atuante em prol de escravizados. A Lei Federal nº 13.629/2018 o declara Patrono da abolição da escravidão no Brasil.
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