Milho, feijão e cacau devem impulsionar crescimento da produção agrícola da Bahia em 2026, aponta IBGE

Projeção indica avanço em 15 das 26 safras e manutenção do estado como segundo maior produtor de algodão do país.
Projeção indica avanço em 15 das 26 safras e manutenção do estado como segundo maior produtor de algodão do país.

A produção agrícola da Bahia deve registrar crescimento em 15 das 26 safras acompanhadas pelo IBGE em 2026, na comparação com 2025. A projeção, divulgada na terça-feira (16/12/2025), aponta que as primeiras safras de milho, feijão e o cacau apresentarão os maiores aumentos em valores absolutos, consolidando o desempenho do estado no cenário nacional.

Segundo o levantamento, o milho deve crescer 156 mil toneladas (+8,1%), o feijão deve registrar aumento de 116,9 mil toneladas (+35,3%) e o cacau deve avançar 6.297 toneladas (+5,3%). Os dados integram o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além do crescimento projetado, a Bahia deve manter em 2026 a posição de segundo maior produtor de algodão do Brasil, com 17% da produção nacional, ficando atrás apenas do Mato Grosso.

Projeções do IBGE e desempenho das principais culturas

O levantamento do IBGE indica que o desempenho positivo da agricultura baiana em 2026 será sustentado principalmente por culturas estratégicas para o abastecimento interno e para a economia estadual.

O avanço do milho e do feijão está associado ao aumento da área plantada e às condições produtivas previstas para o próximo ciclo agrícola. No caso do cacau, o crescimento reflete a recuperação gradual da produção em regiões tradicionais do sul do estado.

O cenário reforça a diversificação da matriz agrícola baiana, com destaque para grãos, fibras e culturas permanentes.

Algodão mantém protagonismo da Bahia no cenário nacional

De acordo com o LSPA, a Bahia seguirá como segundo maior produtor de algodão do país, respondendo por 17% da produção brasileira. O desempenho mantém o estado como referência nacional na produção da fibra.

A permanência nessa posição é atribuída à escala produtiva, à adoção de tecnologia e à consolidação das regiões produtoras, especialmente no oeste baiano.

O algodão permanece como uma das principais culturas de valor agregado da agricultura estadual.

Avaliação do governo estadual sobre os números

Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Pablo Barrozo, os dados divulgados pelo IBGE confirmam o papel estratégico do estado na produção agropecuária brasileira.

Segundo o secretário, o crescimento projetado em 15 das 26 safras reflete políticas voltadas ao fortalecimento do setor, com foco em investimentos, inovação tecnológica e apoio aos produtores rurais.

A avaliação do governo estadual considera que os resultados contribuem para a geração de renda e para a manutenção da competitividade do setor agrícola baiano.

Safra de 2025 confirma recorde histórico no estado

O IBGE também informou que a estimativa de novembro para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 manteve um recorde histórico, com produção estimada em 12,8 milhões de toneladas.

O volume representa um crescimento de 12,8% em relação a 2024 e engloba culturas como arroz, milho, feijão, soja, sorgo, trigo, amendoim, algodão em caroço e girassol.

Na comparação mensal, a produção registrou alta de 0,1% frente a outubro e de 18,2% em relação a novembro de 2024.

Bahia mantém posição entre os maiores produtores de grãos

Com o desempenho da safra de 2025, a Bahia deve manter a 7ª posição entre os maiores produtores de grãos do Brasil, respondendo por 3,7% da produção nacional, estimada em 345,9 milhões de toneladas, novo recorde nacional.

O levantamento de novembro também confirmou que 18 das 26 safras investigadas no estado em 2025 devem apresentar crescimento em relação a 2024.

O maior avanço absoluto segue sendo o da soja, com aumento de 1,07 milhão de toneladas (+14,3%), seguida pela cana-de-açúcar, com acréscimo de 699 mil toneladas (+12,6%), e pelo milho da primeira safra, com crescimento de 380,9 mil toneladas (+24,6%).


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