Polícia Federal deflagra operação contra comércio irregular de eletrônicos importados e bloqueia R$ 76 milhões em investigação de lavagem de dinheiro

Ação cumpre mandados na Bahia e em São Paulo e mira organização criminosa especializada na entrada irregular de eletrônicos.
Ação cumpre mandados na Bahia e em São Paulo e mira organização criminosa especializada na entrada irregular de eletrônicos.

A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira (28/11/2025) a Operação Putridum Malum III, destinada a desarticular uma organização criminosa investigada pelo comércio irregular de eletrônicos importados e pela ocultação de valores por meio de lavagem de dinheiro. A ação resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, sendo sete em Salvador e dois em São Paulo.

Segundo a PF, os mandados foram direcionados a pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema. A investigação aponta que o grupo estruturava operações para introduzir produtos eletrônicos no país sem pagamento de tributos, movimentando valores por mecanismos de ocultação financeira. A medida judicial também determinou o bloqueio de R$ 76 milhões das contas dos investigados.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de descaminho, lavagem de dinheiro e organização criminosa, conforme previsto na legislação penal brasileira. A Polícia Federal informou que as ações seguem em curso para aprofundar a análise de documentos, movimentações e possíveis ramificações da atividade ilícita.

Investigação e medidas judiciais

A Operação Putridum Malum III é continuidade de etapas anteriores que apuram o funcionamento do esquema. De acordo com a PF, o objetivo é identificar responsáveis pela comercialização de eletrônicos importados de forma irregular, bem como rastrear a origem e o destino dos valores obtidos. As buscas permitem ampliar a coleta de provas e detalhar o fluxo das operações financeiras.

O bloqueio de recursos foi solicitado como forma de interromper a movimentação dos valores e impedir a expansão do esquema investigado. As equipes policiais atuaram simultaneamente na Bahia e em São Paulo para alcançar endereços ligados aos alvos da operação. A PF reforça que a análise do material apreendido subsidiará novas etapas da apuração.

As informações coletadas serão integradas a investigações anteriores para verificar a existência de conexões entre empresas envolvidas no comércio de produtos eletrônicos importados sem regularização fiscal. A Polícia Federal aponta que a estrutura utilizada pelo grupo tinha divisão de tarefas e uso de intermediários para dificultar o rastreamento financeiro.

Apuração sobre lavagem de dinheiro

As investigações indicam que os suspeitos utilizavam mecanismos de lavagem de dinheiro para ocultar a origem dos valores movimentados. Entre as estratégias identificadas estão o uso de contas de terceiros, empresas interpostas e fracionamento de operações. A PF afirma que as movimentações financeiras são analisadas para identificar beneficiários finais dos recursos.

Os investigadores ressaltam que o comércio irregular de eletrônicos é frequentemente associado a atividades de descaminho, caracterizado pela entrada de produtos no país sem pagamento de impostos. O cruzamento de dados busca apontar a dimensão das operações e a participação de cada envolvido. Novas medidas judiciais poderão ser solicitadas conforme o andamento das análises.

A Polícia Federal destaca que a Operação Putridum Malum III marca mais uma fase do trabalho de enfrentamento a organizações criminosas com atuação interestadual. O material apreendido será periciado para compor o relatório final da investigação, que determinará eventuais denúncias por parte do Ministério Público Federal.


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