A Polícia Federal realizou uma operação nesta sexta-feira (28/11/2025) para investigar supostos desvios de R$ 22 milhões em obras de pavimentação financiadas por emendas parlamentares. A apuração envolve contratos do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e cumpre 11 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação, denominada Fake Road, ocorreu em Fortaleza (CE) e Natal (RN). Segundo a PF, os alvos são servidores públicos e representantes de empresas privadas que teriam participado das irregularidades. Os policiais também executam medidas como bloqueio judicial de bens, indisponibilidade de imóveis e veículos e quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.
A operação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), que auxilia na investigação das supostas práticas ilícitas relacionadas às obras de infraestrutura financiadas com recursos federais. Até o momento, o DNOCS não se manifestou sobre o caso.
Emendas parlamentares e investigações recentes
Até agora, não há informações sobre deputados ou senadores investigados. As emendas parlamentares são valores do orçamento federal direcionados por parlamentares para áreas específicas. O instrumento tem sido alvo constante de fiscalização da PF e da CGU nos últimos anos.
Em agosto, o ministro do STF Flávio Dino determinou investigação sobre 964 emendas individuais de transferência especial, conhecidas como “emenda Pix”, que somam R$ 694 milhões. A apuração busca identificar possíveis irregularidades na aplicação dos recursos.
Em dezembro (00/12/2024), o ministro suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas, diante de suspeitas de mau uso do dinheiro público. As medidas integram um conjunto de ações de controle voltadas para a transparência e o uso adequado das verbas parlamentares.
Procedimentos da operação e próximos passos
Segundo a PF, as medidas de busca pessoal e veicular complementam o esforço para obter provas relacionadas aos contratos investigados. Os agentes buscam documentos, registros financeiros e comunicações que possam confirmar práticas ilícitas nas obras de pavimentação.
A investigação seguirá com análise do material apreendido e dos dados obtidos após o levantamento dos sigilos autorizados pelo STF. As conclusões preliminares serão compartilhadas com os órgãos de controle e com o Ministério Público Federal para definição das próximas etapas.
*Com informações da Agência Brasil.
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