A Argentina registrou em 2022 uma inflação anual de 94,8%, um nível que só havia sido alcançado em 1991. Segundo as estatísticas oficiais, esse foi um dos maiores aumentos registrados no mundo.
A inflação do mês de dezembro de 2022, a última medição do ano, foi de 5,1%, de acordo com o Índice de Preços do Consumidor (IPC), divulgado nesta quinta-feira (12/01/2023) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O número é inferior aos 7,5% registrados em julho, mas acima do aumento de 4,9% de novembro.
Os números na Argentina são preocupantes há meses. Em agosto, o país já havia acumulado uma inflação anual de 71%, a mais alta de todo o continente americano, superando, inclusive, a da Venezuela.
Na época, os especialistas já anunciavam recordes no final do ano. “Se projetarmos o atual ritmo de inflação para os próximos meses, terminaremos 2022 com 92% anual”, havia previsto o economista Roberto Cachanosky em entrevista à RFI. “Mas esse número é sem reajustar as tarifas de serviços públicos e sem ajustar a taxa de câmbio”, avisava o especialista.
A última vez que a inflação registrou esses índices no país foi no início da década de 1990, quando Buenos Aires já tinha adotado o regime de câmbio fixo que acabou com a inflação depois de uma traumatizante hiperinflação.
Em 2021 a Argentina fechou o ano com uma inflação de 50,9%. O governo espera controlar os índices e terminar 2023 em 60%.
*Com informações da RFI.
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