Feira de Santana: Projeto ‘Ler a Tela, Ver o Texto’ forma educadores para trabalhar com literatura e produtos midiáticos em sala de aula

Projeto 'Ler a Tela, Ver o Texto: Oficina de Letramento Midiático' destaca a adaptação de obras literárias clássicas para mídias como HQ, Cinema e Televisão.
Projeto 'Ler a Tela, Ver o Texto: Oficina de Letramento Midiático' destaca a adaptação de obras literárias clássicas para mídias como HQ, Cinema e Televisão.

Estão abertas as inscrições para o projeto ‘Ler a Tela, Ver o Texto: Oficina de Letramento Midiático’, que oferece oficinas gratuitas para capacitar educadores na análise formal de linguagens como quadrinhos, cinema e televisão, para que possam melhor trabalhar a adaptação de obras literárias clássicas para essas mídias em sala de aula. O público do projeto é direcionado a professores de português e literatura, pessoas formadas ou estudantes de graduação ou pós em Letras, e pessoas de outras áreas com projetos em literatura ou contação de história.

O objetivo é ajudar os educadores a estimular em sala de aula o interesse e a curiosidade pela literatura através da conexão com a cultura midiática, contribuindo para uma melhor formação desses educadores na linguagem formal dessas mídias. As inscrições estão abertas até o dia 19 de abril, através do site, e estão disponíveis cerca de 60 vagas.

Todas as aulas da oficina acontecem de forma presencial no Centro de Cultura Amélio Amorim (CCAAm), em Feira de Santana, entre os dias 27 de abril e 12 de maio de 2023. Além das oficinas, o projeto conta com uma palestra aberta ao público conduzida por Alana El Fahl, professora de Literaturas Portuguesa e Brasileira da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), intitulada “Autoria e expressão individual no processo de adaptação literária”. A palestra acontece no dia 12 de abril, das 14:30 às 18 horas, também no CCAAm.

A iniciativa é capitaneada pelo professor João Araújo, Doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia e membro do grupo de pesquisa em Análise de Teleficção (a-tevê). Natural de Feira de Santana, João conta que desde a adolescência adorava ler revistas em quadrinhos e assistir filmes e séries. Seu contato ficou ainda mais intenso ao pesquisar e entender toda a estrutura por trás de um produto midiático e reconhecer que o que era um hobby na juventude pode também ser porta para uma carreira profissional.

“Hoje nos vemos imersos em uma cultura midiática na qual os jovens chegam à escola com uma imensa bagagem: games, filmes, séries, HQs, mídias sociais, e tudo o que há entre e além disso. Também cresce o número de livros adaptados para cinema e TV. Com esse projeto queremos aprofundar e difundir a linguagem que compõe o universo audiovisual e das HQs, para além da narrativa, analisando ângulos, colorização, layout de página, movimentos de câmera, edição e montagem, sonorização, cenários, figurinos e tudo o mais que constitui esses conteúdos”, destaca João, que também ministra as aulas das oficinas com a colaboração do professor Marcelo Lima.

O projeto se destaca ainda por seu potencial multiplicador. A ideia de formar professores se dá justamente para que possam trabalhar com essas ferramentas em sala de aula, incentivando nos alunos o gosto pela literatura a partir da aproximação com mídias com as quais tendem a se sentir mais à vontade e capacitando jovens para o mercado de trabalho.


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