Pandemia impulsionou digitalização de seguros no Brasil, diz pesquisa

A transformação digital também foi acompanhada pela criação de produtos centrados nas preocupações dos clientes durante a crise.
A transformação digital também foi acompanhada pela criação de produtos centrados nas preocupações dos clientes durante a crise.

A pandemia da Covid-19 trouxe inúmeras mudanças em diversos setores da sociedade, e o mercado de seguros não foi exceção. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg) apontou que a crise sanitária acelerou a digitalização do setor segurador no Brasil, impulsionando a adoção de processos eletrônicos e soluções tecnológicas inovadoras. O estudo, conduzido em duas etapas entre maio de 2020 e 2022, revelou que cerca de 56,5% das empresas do mercado segurador afirmam que mais de 75% de seus processos podem ser realizados de forma digital.

A digitalização dos processos se mostrou uma resposta eficaz à necessidade de adaptação das seguradoras e corretores de seguros ao contexto desafiador da pandemia. Inicialmente, apenas 28% das empresas possuíam todos os seus processos realizados digitalmente. Entretanto, com o avanço da pandemia, esse percentual duplicou, chegando a 56% das companhias que planejavam implementar essa transformação em até 12 meses.

Além da agilidade e praticidade proporcionadas pela digitalização, a pesquisa também revelou que o fator segurança desempenhou um papel fundamental na motivação das renovações de apólices e novas contratações. A possibilidade de realizar operações e trâmites sem a necessidade de atendimento presencial ajudou a proteger não somente os funcionários e profissionais do setor, mas também os clientes e a sociedade em geral.

A pesquisa também destacou que a digitalização não significa o afastamento do cliente do corretor. Pelo contrário, os resultados indicam que os clientes buscam uma experiência “figital”, que combina elementos físicos e digitais. Nesse sentido, o setor segurador está empenhado em encontrar um equilíbrio entre a conveniência da tecnologia e a importância do relacionamento humano na tomada de decisões em seguros.

Gilberto Garcia, líder do grupo de trabalho responsável pelo estudo pela Comissão de Inteligência de Mercado (CIM), ressaltou que as seguradoras se empenharam em atender melhor seus clientes durante a pandemia, aprimorando processos e garantindo maior satisfação dos segurados.

Outro aspecto relevante identificado no estudo foi a criação de produtos centrados no “humano”. Isso significa que as empresas buscaram desenvolver produtos que atendessem às necessidades e preocupações específicas dos clientes diante das mudanças trazidas pela pandemia. A proteção, a segurança financeira e a tranquilidade passaram a ser elementos centrais na concepção desses novos produtos.

A pesquisa também abordou como as seguradoras atuaram em outras frentes durante a pandemia, como a assistência 24 horas, vistorias prévias, inspeções de risco e programas de fidelidade. Além disso, a implementação de medidas financeiras, como descontos em parcelas, foi uma estratégia adotada por muitas empresas para aliviar os impactos econômicos enfrentados pelos clientes durante a crise.

As conclusões da pesquisa demonstram que a pandemia serviu como um catalisador para a digitalização e a inovação no setor segurador brasileiro. Além disso, a abordagem centrada no “humano” e a busca por um equilíbrio entre tecnologia e relacionamento humano refletem a adaptação do mercado às novas demandas e à busca por soluções mais ágeis e eficazes em um mundo em constante transformação.

*Com informações da Agência Brasil.


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