Visitas técnicas do projeto Quilombo Legal valorizam cultura e história de quilombos do Baixo Sul da Bahia

Até agora, mais de 6 mil famílias quilombolas foram beneficiadas pelo projeto. (Foto: Divulgação/CAR)
Até agora, mais de 6 mil famílias quilombolas foram beneficiadas pelo projeto. (Foto: Divulgação/CAR)

A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) está avançando em seu compromisso de regularizar ambiental e fundiariamente 100 comunidades remanescentes de quilombos em várias partes do estado da Bahia, por meio do Projeto Quilombo Legal. As equipes técnicas, composta por geógrafos, sociólogos e cientistas sociais, estão trabalhando em campo para aplicar metodologias participativas de cartografia social e etnozoneamento, com o objetivo de valorizar o protagonismo de seis comunidades do Baixo Sul e alcançar o reconhecimento total de seus territórios.

Essas ações são essenciais para a conclusão do relatório circunstanciado, que será encaminhado à Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA) da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), dando início ao processo de titulação das terras quilombolas.

Lucylanne Oliveira, cientista social, destaca a importância dessas atividades para o reconhecimento e valorização da história e cultura das comunidades. Ela enfatiza que esse mapeamento social do território, feito com base na perspectiva das próprias comunidades, complementa a agrimensura convencional e ajuda as comunidades a se reconhecerem em sua própria história.

As visitas técnicas já têm impacto positivo nas lideranças quilombolas, que agora se sentem parte do processo de regularização fundiária e ambiental. Eleildes Rosário, presidente da Associação Comunitária do Quilombo Jatimane, destaca a importância dessas visitas como um avanço significativo na garantia de direitos e fortalecimento das políticas públicas para o povo quilombola.

Anelito Assunção, líder da comunidade Sapucaia, de Igrapiúna, ressalta a valorização que o projeto traz para o povo quilombola e reconhece o apoio do Governo do Estado.

Deodeto Conceição, liderança das comunidades Pratigi e Matapera em Camamu, expressa sua felicidade por ver os lugares mais antigos da comunidade incluídos no etnozoneamento.

Eliene Santos, quilombola de Pedra Branca, Vargido e Forte em Igrapiúna, destaca a importância do mapeamento para aumentar o conhecimento sobre o território e a comunidade quilombola.

O Projeto Quilombo Legal é uma iniciativa conjunta da CAR, da Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), todos ligados à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Mais de 6 mil famílias quilombolas já foram beneficiadas pelo projeto, totalizando 12.941 mulheres e homens.


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