Promessa das águas abertas, jovem migrante venezuelano brilha em competição

Joan Penaloza, um jovem migrante venezuelano de 16 anos, está se destacando como uma promessa nas águas abertas. (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
Joan Penaloza, um jovem migrante venezuelano de 16 anos, está se destacando como uma promessa nas águas abertas. (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

A saga de Joan Penaloza, um jovem migrante venezuelano de 16 anos, que deixou sua cidade natal, Santa Elena de Uairén, há oito anos em busca de uma vida melhor, culminou em uma surpreendente jornada esportiva. Agora, com nacionalidade brasileira, ele emerge como uma das promessas das águas abertas, também conhecida como maratona aquática.

Esta modalidade, estreante nos Jogos da Juventude deste ano em Ribeirão Preto (SP), viu Joan competir ferozmente nos cinco quilômetros, uma das primeiras disputas da categoria masculina. Embora tenha liderado boa parte da prova, o jovem talento de Roraima conquistou a medalha de bronze em uma chegada emocionante decidida nos metros finais.

“O objetivo era chegar junto com Matheus e, quem sabe, até ganhar dele. Preciso continuar treinando, mas acredito que é a menor distância que cheguei dele. Gostei muito do desempenho, na verdade”, comentou Joan.

O vencedor da prova, Matheus Siniscalchi, era o favorito e consolidou sua vitória, com Matheus Babinski, do Rio Grande do Sul, ficando com a prata.

Joan, embora tenha nascido na Colômbia, passou a maior parte de sua vida na Venezuela e agora representa o Brasil em competições esportivas. Sua história é um reflexo da crise econômica e social que levou milhares de venezuelanos a buscar novas oportunidades em outros países.

O próprio Matheus Siniscalchi, que conquistou seu quarto ouro nos Jogos da Juventude em outras provas de natação, poderia não ter participado do evento, já que embarcará em breve para o Campeonato Sul-Americano Juvenil na Argentina.

A modalidade de maratona aquática é observada com atenção por veteranos como Poliana Okimoto, a primeira medalhista olímpica do Brasil na categoria, que conquistou o bronze nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016. Poliana acredita que a modalidade está crescendo e que os jovens talentos podem alçar voos ainda maiores com dedicação, treinamento e apoio.

Os Jogos da Juventude continuam a abrir portas para atletas promissores, e as águas abertas se destacam como uma adição emocionante à competição, mostrando que os ídolos do esporte são pessoas reais que demonstram que o talento pode ser encontrado em qualquer lugar.

*Com informações da Agência Brasil.


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